Pólenes com níveis muito elevados na maioria das regiões nos próximos dias
Os níveis de pólenes na atmosfera vão estar muito elevados na maioria das regiões de Portugal continental até 04 de maio, indica o boletim polínico da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
No sul do país, vão predominar os pólenes de cipreste, pinheiro, oliveira, sobreiro e carvalhos e das ervas gramíneas, parietária, urtiga, tanchagem, azeda e quenopódio.
Segundo a SPAIC, a elevada concentração representa um risco para as pessoas que são alérgicas a estes pólenes e que podem desenvolver sintomas de renite alérgica, como espirros, lacrimejos e queixas oculares e, eventualmente, desenvolverem asma.
Como recomendações práticas perante as elevadas concentrações previstas, a sociedade aconselha as pessoas alérgicas a usarem óculos escuros quando permanecem no exterior, a viajarem de carro com as janelas fechadas, a afastar a roupa utilizada durante o dia do quarto de cama, a evitar ventilar a casa nos horários de maior concentração de pólen no ar, como ao início da manhã, e a usar capacete integral, no caso dos motociclistas.
Os grandes picos de concentração ocorrem entre meados de março e junho, mas também podem surgir níveis elevados no outono.
Em 2002, foi criada a Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA), um serviço gratuito disponibilizado pela SPAIC que monitoriza, a nível nacional e de uma forma contínua, os grãos de pólen e esporos de fungos presentes na atmosfera com potenciais repercussões negativas sobre a saúde humana.
A RPA resulta da colaboração entre investigadores e docentes das Universidades de Évora, Madeira e Açores e imunoalergologistas de vários hospitais de todo o país.
Atualmente, a RPA é constituída por nove estações ou centros de monitorização localizados no Porto, Vila Real, Coimbra, Castelo Branco, Lisboa, Évora, Faro, Funchal e Ponta Delgada.