As escolhas de Palma Aleixo
É o homem dos sete instrumentos e de outras tantas artes.
Pertence a uma geração de ativistas culturais e associativos que no pós 25 de abril de 1974 dinamizou, e de que maneira, a cidade de Beja.
Integrou o núcleo fundador do Trigo Limpo, grupo de música tradicional que foi sensação nos anos 80, o desenho e a pintura são outras das paixões que cultiva.
Palma Aleixo é hoje o nosso convidado do “A gostar de Ouvir…”
Nascido em Beja, há quase 63 anos, como faz questão de dizer, António Gil, que todos tratam e conhecem por Palma Aleixo, frequentou no pré-25 de abril o Centro de Juventude de Beja as secções de Arqueologia, e Artes Plásticas e onde ouviu pela primeira vez, em segredo, José Afonso e o seu Cantigas de Maio.
Nas artes plásticas continuou durante muitos anos até entrar em 1982 para a CGD em Sines e ter de abandonar por estar longe. Agora, como está reformado, diz que já tem novamente tempo para os pincéis.
Tem uma relação constante com a música, afirmando-se consumidor quase compulsivo, mas sem qualquer critério.
Para palma Aleixo, a música tem é de estar ali duma maneira quase subliminar: “se me perguntarem o que ouvi na última meia-hora posso até nem ter fixado, mas se estivesse desligada notava logo a falta”.
Durante muitos anos, diz Palma Aleixo,” "militei" em grupos de música popular; pego num livro e não consigo conceber que alguém seja capaz de ler uma página completa sem estar a ouvir música. Caso engraçado: se estiver a ler em português a música não pode ser na mesma língua, acontecendo-me o mesmo se ler em inglês”.
Integrou grupos de música popular desde os 15 anos, tendo feito parte do núcleo fundador do Trigo Limpo, de que diz ter saudades.
Como para ele a música não é só para ouvir, “temos de lhe mexer”, com a filha Clara começou a encher a casa de material: de bateria eletrónica, piano, guitarras elétricas, a violino e balalaika, entre alguns outros, diz que há de tudo um pouco.
Ouve música a conduzir tal como a ler, quase sempre na rádio, mas também se socorre do Youtube. Depois de se ter reformado conseguiu dedicar tempo ao desenho e pintura; não podendo faltar a música nesses momentos.
Quando lhe pedimos para apontar a sua banda ou artista preferido é perentório: Pink Floyd.
Como cantora elege Ana Moura.
O tema da sua vida é desde os 16 anos “Shine on you crazy Diamond” dos britânicos Pink Floyd.
Com o fim de semana a bater-nos à porta, aqui ficam as escolhas de Palma Aleixo para que a possa adotar como a sua banda sonora.