Mulheres com H com Fátima Duarte
Fátima Duarte tinha o sonho de ser médica, mas as poucas décimas da estatística levaram-na à licenciatura em Bioquímica, que lhe deu uma perspectiva mais ampla da investigação e a certeza que este era o caminho. O mestrado, o doutoramento e a incursão pelo IPATIMUP, trataram de assegurar o resto: o seu fascínio de infância pela natureza andaria aliado à investigação, à ciência e à procura de conhecimento.
Após uma experiência pessoal e profissional nos EUA, um anúncio no jornal trouxe-a a Beja e ao Baixo Alentejo onde teve em mãos a instalação do Cebal, uma entidade importantíssima para a região, mas que ainda hoje vive com a dificuldade de ter de conseguir explicar às entidades da região aquilo que pode ser o papel pleno de um Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar.
Fátima é uma sonhadora com os pés na terra, desde logo porque a sua função é gerar conhecimento para responder às questões que ela e a sua equipa colocam ou para chegar a um objectivo que possa servir às empresas e às instituições, gerando valor, receita e conhecimento.
É esta mulher, que chegou há 15 anos a Beja e ao Baixo Alentejo, que tem a trabalhar com ela 45 investigadores / cientistas em Beja, a sua maioria originária de outras zonas do país, que aceitaram o desafio de fazer do Baixo Alentejo a sua casa profissional. Uma situação que é de realçar até porque havendo vagas disponíveis, nem sempre os concursos conseguem ser atractivos o suficiente para atrair novas pessoas para o território, não tanto pela função, mas pela falta de atractividade do próprio território.
Uma mulher e uma amiga que não podia deixar de integrar este projecto de mulheres que são uma mais valia para o Baixo Alentejo.