
Processo de passaporte de Joaquim Maria Lourenço
Em outubro de 1937, Joaquim Maria Lourenço, na época cónego e vice-reitor do Seminário de Serpa, requereu junto do Governo Civil de Beja a emissão de processo de passaporte para se ausentar do país com destino a França por via terrestre.
Joaquim Maria Lourenço nasceu no dia 17 de agosto de 1900 em Ninho de Açor, freguesia de Tinalhas, concelho e distrito de Castelo Branco, filho de Francisco Lourenço e de Maria da Senhora. No ano de 1915, após frequentar a escola primária ingressa no Seminário do Fundão por decisão de seu pai cujo desejo era ter um filho padre. Em setembro de 1924 é nomeado pároco de duas aldeias do concelho de Penamacor e em setembro de 1925 vem para Beja a convite do Bispo de Beja D. José do Patrocínio Dias para assegurar o cargo de Vice Reitor do Seminário Diocesano em Serpa, altura em que também começou a escrever no jornal “Notícias de Beja” e a dar aulas de ciências, francês e religião e moral.
No ano de 1942, por sua iniciativa foi criada uma colónia de férias, inicialmente feminina que acabou por ser o embrião de uma colónia balnear infantil frequentada por crianças do interior enviadas através de organismos corporativos do Distrito de Beja.
Escreveu para diversos jornais, traduziu 8 volumes de Thamer Toth e deixou um livro autobiográfico intitulado “Testemunhos de um Sacerdote” no ano de 1983.
Em 15 de março de 1965 recebeu o título de Comendador da Ordem de Benemerência efetuado pela República Portuguesa e viria a falecer em Vila Nova de Milfontes no ano de 1988.
O presente processo de passaporte pode ser visualizado gratuitamente em https://digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=1086323
CRÉDITOS DE IMAGEM
Título: Processo de passaporte concedido a Joaquim Lourenço
Cota: D1.E16.P5.Cx.0031
Código de referência: PT-ADBJA-AC-GCBJA-J-E-003-01296
Imagem cedida pelo Arquivo Distrital de Beja