3ª edição do Festival Futurama termina em Beja
A 3ª edição do Futurama termina, em Beja, com um conjunto variado de propostas para hoje e amanhã.
De acordo com a organização "depois de Serpa e
Mértola, a capital de distrito transforma-se no palco que vai explorar novos
formatos na criação artística contemporânea com ligação ao território do Baixo
Alentejo, sublinhando processos criativos assentes em colaborações entre
artistas portugueses e espanhóis ou na parceria com comunidades locais,
desenvolvidas na região.”
O Cine-Teatro Pax Julia recebe, hoje, “Miquelina e Miguel” (considerado pelo Expresso como um dos melhores espetáculos de dança de 2022), de Miguel Pereira, onde o próprio coreógrafo e bailarino habita a cena com a sua mãe e o concerto do projecto Cantexto, que, este ano, reúne poemas de Rui Cardoso Martins, Alice Neto de Sousa, Maria do Rosário Pedreira, Afonso Reis Cabral, Margarida Vale de Gato e Luísa Costa Gomes, musicados por Celina da Piedade e Ana Santos, e transmitidos através das vozes de seis grupos de Cante Alentejano.
Nesta sexta-feira destaque também para a instalação pública da artista visual Maria Imaginário, em colaboração com alunos da Escola Secundária Diogo de Gouveia, “Malas de Esperança”, situada na Praça da República e disponível ao longo de todo o fim-de-semana e o workshop de dança, conduzido pela coreógrafa e bailarina Piny, no Bairro das Pedreiras, que repete no sábado.
No sábado de manhã, no Espaço Futurama, a proposta é uma conversa em torno da criação artística no Baixo Alentejo, na Constelação que junta diferentes perspetivas femininas de várias gerações ligadas a Beja e à região - Clara Palma (música), Cristina Matos (artista urbana), Márcia Lança (coreógrafa) e Margarida Vale de Gato (escritora). Pela tarde, uma das intervenientes deste encontro, Márcia Lança, mostra o resultado do projeto desenvolvido com os Embaixadores Futurama, numa manifestação participativa, a acontecer na Praça da República.
À noite, as ruas da cidade, são palco de uma arruada inédita que cruza as tradições e os ritmos definidores da identidade cultural do Baixo Alentejo, proposta pelo diálogo entre os chocalhos do Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho e os tambores da Orquestra de Percussão Rufar e Bombar, em dois percursos e momentos distintos. Na Igreja de Santa Maria, também em duas sessões, a dupla de artistas espanhóis Aurora Bauzà & Pere Jou desvenda a performance de canto e movimento concebida em residência artística com o Coro de Câmara de Beja, “Voltar, voltar”.
De regresso à Praça da República, o festival conclui a sua 3.ª edição em modo festivo, com a atuação do jovem músico local YVNG e o DJ set de Pedro da Linha, que vai unir sonoridades urbanas e lusófonas ao cancioneiro alentejano.
As iniciativas têm entrada gratuita, com a opção de contribuições voluntárias.
Programa completo disponível em Facebook