PSD/Beja regista dificuldade no acesso dos portugueses aos cuidados paliativos
A Comissão Política de Secção de Beja do PSD reuniu-se com a Direção da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) e registou a dificuldade dos portugueses no acesso aos cuidados paliativos.
Segundo o PSD, Catarina Pazes, presidente da APCP, “manifestou preocupação com
a escassez de recursos humanos dedicados aos cuidados paliativos, essenciais
para melhorar a qualidade das respostas (também em tempo e em acesso) aos
doentes e às suas famílias” e salientou “a necessidade de formar e capacitar os
profissionais de saúde em abordagem paliativa, num esforço crescente de uma
especialização em Cuidados Paliativos e na criação da especialidade de Medicina
Paliativa, para que seja finalmente selado um verdadeiro compromisso de todos
os intervenientes e da sociedade em geral. “
Relativamente ao apoio em cuidados paliativos dado aos doentes do distrito de Beja, Catarina Pazes lamentou “a não existência de cuidados paliativos pediátricos, mas, por outro lado, congratulou-se pelo trabalho meritório da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Beja +2” que presta desde 2008, cuidados no domicílio aos doentes e disponibiliza acompanhamento telefónico especializado 24 horas/dia, em caso de agravamento dos sintomas.
Foi ainda destacado o trabalho da mais recente Equipa
de Apoio Psicossocial, cujo trabalho em conjunto tem como “finalidade melhorar
a qualidade de vida das pessoas com doenças avançadas, e das suas famílias,
através de um importante apoio emocional, espiritual e social.”
Como balanço da reunião, o PSD de Beja salienta “o escasso acesso dos portugueses aos cuidados paliativos, ou seja, ao direito a um acompanhamento especializado no decorrer de processos de doença grave e não apenas numa fase mais avançada da doença e de últimos dias de vida.”
Uma realidade que se fica a dever ao facto do número de equipas no terreno ser reduzido para as necessidades e tipologia de resposta que Portugal tem nesta área, e ainda porque a maioria das equipas não dispõe de recursos humanos com competência ou especialização (profissionais especialistas na área) em número e com condições para desenvolver o seu trabalho.