“Sentimo-nos honrados pelo facto de a CTI ter aceitado para análise uma proposta sobre o Aeroporto Internacional de Beja”, disse hoje à agência Lusa Manuel Valadas, da comissão dinamizadora da plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja, acrescentando que “é muito positivo”.

Esta plataforma de cidadãos, apresentada oficialmente na passada sexta-feira, na Casa do Alentejo, em Lisboa, vê com ‘bons olhos’ todas as iniciativas que sirvam para defender o aeroporto construído na cidade alentejana.

“Nós somos favoráveis a todas as propostas que a cidadania ou as entidades achem que têm importância serem apresentadas à CTI. Estamos num país democrático e qualquer entidade, qualquer grupo de cidadãos pode fazer o que acha que é importante para o país e, neste caso, para o Alentejo”, frisou Manuel Valadas.

Em entrevista à Lusa, uma das coordenadoras da CTI, a professora Rosário Macário, revelou recentemente que Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, depois de propostas à comissão, que as vai analisar.

Criada no final do ano passado, a CTI, instalada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, está neste momento a ouvir “todas as entidades com relevância para o assunto”, para chegar a um conjunto de critérios que “servirão para analisar as várias hipóteses”, explicou Rosário Macário.

O porta-voz da plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja revelou que a estrutura já entregou um memorando, com “mais de 300 páginas”, à CTI, no qual apresenta os seus argumentos em defesa da infraestrutura alentejana como “solução sustentável” para o país.

“Já entregamos oficialmente o documento, que contou com contributos de diversos técnicos especializados nestes temas, e dentro de poucos dias teremos uma reunião presencial com a CTI”, disse Manuel Valadas.

O responsável reiterou que o Aeroporto Internacional de Beja é uma infraestrutura que “está pronta a funcionar” e que o equipamento representa valores com custos “muitíssimos baixos” para o Estado, caso opte por esta solução.

O aeroporto alentejano “não é para substituir o de Lisboa”, mas “tem condições para ser o complemento do Aeroporto de Lisboa, através da ferrovia”, insistiu também Manuel Valadas.

Em comunicado enviado hoje, também a Câmara de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, defendeu que o Aeroporto de Beja deve funcionar como infraestrutura complementar ao Aeroporto de Lisboa.

A infraestrutura de Beja pode ser utilizada para “aumentar a capacidade” aeroportuária da região de Lisboa, sustentou o município, liderado pelo PSD, que se congratulou ainda com o facto de a CTI estar a “avaliar a possibilidade” apresentada por Beja.

“O Município de Reguengos de Monsaraz vem assim expressar o seu apoio para que o novo aeroporto de Lisboa fique instalado no Aeroporto de Beja, que é uma infraestrutura que já se encontra construída e que não apresenta restrições para a sua expansão”, pode ler-se no documento.


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