Alentejo 2030 “contaminado” com imposições de Bruxelas e do governo-DRA do PCP
A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP considera que o Alentejo 2030 está “contaminado pelas imposições e orientações da União Europeia e do Governo”.
Para os comunistas o Programa Operacional “não se
baseia na realidade existente na região, nem nas prioridades que é necessário
definir para dar resposta às necessidades do Alentejo e para o transformar numa
região de progresso onde o desenvolvimento sirva os trabalhadores e o povo e
não os interesses do grande capital.”
Esta foi uma das ideias que saiu da última reunião da DRA, onde foi feito também um balanço dos três meses de governo AD (PSD e CDS) que, na opinião dos comunistas, “não trouxeram nada de novo para a região” uma vez que “a sua ação confirma a manutenção das opções de desinvestimento e a ausência de resposta aos problemas essenciais.”
A DRA do PCP reafirma também “a necessidade de uma inversão na política de gestão de recursos hídricos no Alentejo” considerando ser necessária “uma política que enfrente os problemas da seca e escassez de água com medidas de carácter estrutural.”
Na reunião foram ainda “denunciados” os processos em curso “visando retirar à responsabilidade das autarquias a gestão no âmbito do Ciclo Urbano da Água que encontram expressão em iniciativas do PS e PSD visando a agregação de sistemas em baixa com a criação de novas entidades gestoras.”
Projetos que, para a DRA do PCP, “não só não garantem os princípios essenciais da defesa da gestão pública da água, da autonomia do poder local, da acessibilidade económica e física dos utilizadores, como contribuem para a transformação da água num negócio.”
A DRA do PCP recorda “as responsabilidades de anos e anos de política de direita com os servidores de turno (PS, PSD e CDS) a que agora se juntam CH e IL, nas dificuldades existentes no Alentejo a nível da mobilidade com diminuição de oferta de serviços, a degradação das vias rodoviárias, o encerramento e a falta de modernização das linhas ferroviárias e a ausência de aproveitamento do aeroporto de Beja.”
A DRA valoriza “a iniciativa do grupo Parlamentar do PCP que apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução a recomendar ao Governo o descongelamento e correção do Plano Ferroviário Nacional de modo a investir na ferrovia e enfrentar as dificuldades, e que entre outras ações propõe que se calendarize, garanta os fundos necessários e concretize um conjunto de investimentos na rede e nos serviços como as intervenções de modernização e eletrificação (…) na Linha do Alentejo de Casa Branca a Beja e a Ourique com variante no Aeroporto de Beja”
A nível rodoviário, tal como é defendido no Manifesto Eleitoral para o Alentejo que o PCP apresentou nas últimas eleições legislativas, é defendido “um sério investimento, tendo como base o cumprimento do Plano Rodoviário Nacional 2020”.
Para a DRA do PCP é ainda indispensável e “a inserção do Aeroporto de Beja na rede aeroportuária nacional e do aproveitamento de todas as suas valências e potencialidades”