Em comunicado, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) referiu que a região foi destacada pelo The New York Times como um dos “52 destinos a visitar por viajantes que queiram ser parte da solução para problemas como as alterações climáticas”.

“A implementação, na região, do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) motivou a distinção na sétima posição na lista publicada” pelo jornal norte-americano, adiantou a comissão vitivinícola.

Denominado “52 places for a changed world”, indicou, o artigo assinala as medidas do PSVA para a proteção da biodiversidade, redução de cerca de 20% no consumo de água nas adegas e diminuição do rácio litro de água consumido por litro de vinho produzido.

A criação de uma ferramenta que possibilita que os membros do PSVA calculem a sua pegada hídrica e de carbono ou a criação do selo de certificação de produção sustentável foram outras das razões elencadas para justificar a distinção, acrescentou a CVRA.

Criado em 2015 por esta comissão vitivinícola, o PSVA conta, atualmente, com 483 de membros associados, que representam quase 11 mil hectares de vinha e 76 milhões de litros de vinho produzido.

Para o presidente da CVRA, Francisco Mateus, esta distinção é motivo de orgulho e “é mais uma prova” de que o programa de sustentabilidade colocou os Vinhos do Alentejo “nas bocas do mundo” e os transportou “além-fronteiras”.

O PSVA “está a fazer uma diferença assinalável na região, mas também na mudança de mentalidades em todo o país, estando ao nível das mais importantes iniciativas mundiais de produção sustentável”, sublinhou o responsável.

A CVRA foi criada em 1989 e é responsável pela proteção e defesa da Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e da Indicação Geográfica Alentejano, certificação e controlo da origem e qualidade, promoção e fomento da sustentabilidade.

O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, com cerca de 40% de valor total das vendas num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal.

Com uma área de vinha de 22,9 mil de hectares, 30% da sua produção tem como destino a exportação para cinco destinos principais, designadamente Brasil, Angola, Estados Unidos da América, Polónia e China.

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