Após um processo de reconversão que durou “cerca de três anos”, esta instituição de solidariedade social tem “o símbolo de agricultura biológica” que “vai valorizar aquilo que é o produto que temos no mercado”, congratulou-se à agência Lusa a mesma responsável.

“Temos a nossa sede numa quinta que conta com um bocadinho mais de 30 hectares e, [por isso], estamos localizados num sítio privilegiado”, o que leva a instituição “também a pensar numa estratégia de poder rentabilizar os recursos [à sua] disposição”, referiu Vera Neca.

Um dos responsáveis pelo amendoal da Cercibeja, o engenheiro Luís Miguel Vieira, explicou à Lusa que, a 17 de dezembro de 2021, arrancou o método de reconversão com visitas anuais para recolha de amostras de solo, folhas, amêndoa e colheita para estudo.

As análises “vão confirmando se estamos ou não a cumprir com o que está no regulamento da União Europeia”, notou.

Em dezembro passado, “terminado todo o processo vieram cá fazer a última inspeção, enviámos os documentos em falta” e, no dia 02 deste mês, foi atribuído “o nosso certificado de produção biológica no amendoal”, precisou.

Esta nova certificação permite que a instituição, que apoia pessoas com deficiência ou incapacidades, idealize novos investimentos, nomeadamente a aquisição de um trator e de uma máquina profissional para descascar “uma maior quantidade de amêndoas” e, consequentemente, aumentar a produção do produto final transformado.

“Pode ser que, criando uma embalagem e tendo o produto como biológico, o mercado o aceite melhor, seja mais fácil fazer o seu escoamento”, afirmou Luís Miguel Vieira.

No ano passado, a instituição produziu “cerca de 20 toneladas” de amêndoa. Dedica-se ainda à produção de laranja, mel e hortícolas, podendo vir a abranger novas culturas, como o cardo.

Fundada em 1978, a Cercibeja tem por finalidade a solidariedade social, a educação e o desenvolvimento de atividades de apoio em diferentes domínios de intervenção a crianças, jovens e adultos com deficiências e incapacidades ou com problemas de inserção sociocultural,

A sua área de atuação compreende o concelho de Beja e municípios limítrofes, mais precisamente Aljustrel, Alvito, Barrancos, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Serpa e Vidigueira.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.