ANAFRE não quer entraves no acesso das freguesias aos fundos comunitários
Numa altura em que as freguesias esperam que fiquem “preto no branco” os compromissos públicos, feitos por membros do governo, para acesso das freguesias a fundos comunitários, o vice-presidente da ANAFRE, Jorge Amador espera que não surjam entraves de lado nenhum tendo em vista essa concretização.
Jorge Amador esteve no último sábado, em Beja a participar
num encontro promovido pela delegação distrital de Beja da Associação Nacional
de Freguesias (ANAFRE), no âmbito do plano de atividades para 2023. Um encontro
que contou com a presença de mais de uma centena de autarcas de freguesias
vindos de vários pontos do distrito.
Em declarações ao O ATUAL, Jorge Amador reconheceu que as
freguesias de menor dimensão terão outro tipo de dificuldade no acesso, nomeadamente como fazer e preparar as candidaturas, mas considerou que “cada um irá calçar a bota
de acordo com o tamanho do seu pé”.
Quanto à transferência de competências dos municípios para as freguesias, Jorge Amador considerou que o processo, embora já tenha cerca de três anos e meio, ainda está a “meio gás”, por isso, é da opinião que é preciso ir mais longe e alargar a todo o território porque se trata de uma questão que apresenta vantagens para as populações. Jorge Amador admitiu que nem todas as freguesias têm tido vontade de avançar com esta transferência e, por parte dos municípios também têm surgido alguns entraves. Recordou ainda que esta transferência de competências tem por base um acordo celebrado entre a ANAFRE, a ANMP e o Governo.
Vítor Besugo, coordenador distrital de Beja da ANAFRE, estava satisfeito pela adesão que o encontro teve junto dos autarcas das freguesias e considerou que foi um momento importante que mostra “união”. Para Vítor Besugo estes momentos de reflexão e debate entre todos são importantes porque os problemas que cada um tem na sua freguesia acabam por ser comuns.