“O Chega voltou a pedir este adiamento para evitar que o Governo tenha mais uma derrota na Assembleia da República e para possibilitar que cheguemos a um entendimento numa matéria que é tão importante para as pessoas, que são os impostos”, afirmou.

Questionado se quis ajudar o Governo, Ventura afirmou que o Chega tem apelado a que os partidos possam “chegar a um texto de consenso dobre o IRS, e o Governo ignora”.

“Tem havido aproximações, todos os partidos estão a fazer propostas”, indicou, defendendo que “o Governo não pode querer simplesmente votar a deles e ignorar as dos outros se os outros têm propostas que melhoram a proposta do Governo”.

“O Chega forçou hoje o adiamento da proposta do IRS, e como já era de esperar o Governo entrou no choradinho habitual em que vai continuar ao longo dos próximos meses”, acusou.

O presidente do Chega reiterou que “a proposta do Governo era francamente negativa” e considerou que se o parlamento está a “discutir a diminuição da intensidade da fiscalidade nos escalões intermédios e baixos e o mínimo de existência até aos mil euros é por causa do Chega”.

Considerando que “o Governo tem de perder menos temos a lamuriar-se e mais tempo a trabalhar”, Ventura avisou que o PSD e CDS-PP não vão “forçar uma medida ou um conjunto de medidas com pressão política ou chantagem que não forem boas para as pessoas”.

“O Governo entrou numa lógica de choradinho, tudo o que acontece é uma aliança negativa, e uma coligação negativa, não o deixam governar. É absurdo, as pessoas estão à espera de medidas, estão à espera que as coisas apareçam e não acontece”, afirmou.

André Ventura garantiu também que o Chega não funciona “com chantagem”.

“O Governo terá as derrotas que quiser ter no parlamento enquanto não apresentar medidas que favoreçam a classe média e os que ganham menos. Enquanto se preocupar em apresentar medidas para os que ganham mais, nós não estaremos ao lado dessas medidas”, indicou.

 

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