António Costa “sem promessas” para Beja
Na reta final da campanha autárquica, António Costa veio a Beja dar força às candidaturas do PS no Baixo Alentejo.
Com o discurso mais incisivo da noite a ficar a cargo do presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Nelson Brito, recordou veemente a António Costa a posição dos socialistas do Baixo Alentejo na defesa de, num processo de regionalização, os socialistas locais exigirem a constituição de uma região Baixo Alentejo.
Com António Costa na plateia, Paulo Arsénio, voltou à inevitabilidade dos prazos das obras públicas, como o IP8, a modernização da linha férrea Beja – Casa Branca, dizendo que estes concursos já deviam ter sido lançados há cinco ou seis anos. O candidato socialista à Câmara de Beja, avançou em relação ao Aeroporto de Beja, que se deveria estudar uma eventual alteração do modelo de exploração, atualmente nas mãos da ANA-Vinci, constituindo uma parceria com o Porto de Sines, entre outros, para a sua gestão.
Paulo Arsénio foi mais direto nas críticas ao PCP, considerando que o partido encontra-se num “desnorte ideológico” em Beja.
“Para agradar a todos, para conseguir votos de todo o lado, promete-se tudo a todo, promete-se tudo e o seu contrário, critica-se e elogia-se ao mesmo tempo. […] É de facto uma grande desorientação e é uma desorientação de quem sente que, no Alentejo, podem comprar muita coisa, mas há uma coisa que não compram: alma de um povo”, frisou.
António Costa, ao contrário do que tem acontecido na maioria dos comícios de campanha noutras regiões, não trouxe no bolso qualquer promessa ou lançamento de obra para a região.
O líder socialista valorizou o papel do CEBAL como importante estrutura na área da investigação da região e o papel dos autarcas socialistas, desafiando-os a não terem medo de receber as novas competências na área da educação e da saúde. Sobre Beja, António Costa afirmou que há 4 anos ninguém acreditava na vitória de Paulo Arsénio, mas que hoje pouca gente duvida que vai voltar a ganhar a autarquia bejense.
O secretário-geral do PS terminou a sua intervenção apelando a um último esforço, nestes dias de campanha, para garantir o maior número de vitórias nas autarquias da região.