António Zambujo: É lançado hoje “Visita de Estudo”, o segundo single de “António Zambujo Voz e Violão”
Com música da sua autoria, letra de Maria do Rosário Pedreira e vídeo realizado por João Pedro Moreira, António Zambujo lança hoje “Visita de Estudo”, o segundo single do seu mais recente álbum de originais “António Zambujo Voz e Violão”, disponível nas plataformas digitais e lojas físicas.
Editado pela Sons Em Trânsito, com distribuição Universal Music Portugal, “António Zambujo Voz e Violão” foi lançado no dia 23 de Abril deste ano e entrou diretamente para o primeiro lugar do Top Nacional de vendas. Neste nono álbum, oitavo de originais, António Zambujo teve por mote um dos discos da sua vida, “João Voz e Violão”, de João Gilberto.
António Zambujo encontra-se em digressão de apresentação deste novo trabalho, o mais intimista de sempre, que já passou pelo Luxemburgo e França mas também pela Super Bock Arena no Porto e o Campo Pequeno em Lisboa. Na próxima semana regressa à capital, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, para uma Residência Artística no Capitólio, que conta com a participação ao vivo de 3 cantoras que admira, respetivamente Marisa Liz, Carolina Deslandes e Ana Bacalhau.
Nascido em Beja, a 19 de Setembro de 1975, António Zambujo é um dos maiores artistas, autores e intérpretes contemporâneos da música e da língua portuguesas, e um dos seus mais notáveis embaixadores no mundo. Incorporou as influências do cancioneiro brasileiro, em particular da Bossa Nova, na sua música, primeiro forjada na tradição do Cante Alentejano e do Fado, de onde partiu para criar uma personalidade única, inspirando um novo ciclo na música portuguesa, ao mesmo tempo que derrubava fronteiras, reais ou imaginárias, e aproximava os dois lados do Atlântico. Na sua discografia, “Até Pensei Que Fosse Minha”, o álbum de tributo a Chico Buarque que editou em 2016 e que lhe valeu inclusivamente a nomeação para o Grammy Latino no ano seguinte, na categoria de Melhor Disco de MPB, não causou por isso estranheza.
Também não pareceu bizarro que em finais de 2018 tenha chamado “Do Avesso” ao novo álbum de originais, em que voltou a reinventar-se, recorrendo à participação da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, e que acabaria por ser distinguido com o Prémio José Afonso 2019. O júri considerou que “Do Avesso” representava «não só a continuação do percurso extremamente coerente de António Zambujo, mas também um ponto alto pela confirmação das suas qualidades interpretativas e a grande inspiração criativa que revela» e acrescentou ainda que «cada canção de Zambujo conta uma história, e cada álbum é, em si, uma história, na linha de José Afonso, para quem a música estava intrinsecamente ligada quer à sua vida interior, quer às circunstâncias do mundo em que viveu». E são vários os capítulos anteriores desta obra que António Zambujo vem criando, desde a estreia em 2002 com “O Mesmo Fado”, seguido de “Por Meu Cante” (2004), “Outro Sentido” (2009), “Guia” (2010), “Quinto” (2012), e “Rua da Emenda” (2014).
Na infância passada no Alentejo, António Zambujo cresceu com forte ligação à música - começou por estudar clarinete com apenas 8 anos, mas foi sobretudo a tradição viva do Cante Alentejano e do Fado que o fizeram músico. Acabando por fixar-se em Lisboa, onde começou por dividir o tempo entre a experiência diária do Fado e a participação em musicais, foi trilhando um impressionante caminho, marcado por prémios e distinções, com destaque para a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, entregue pelo Presidente da República em 2015.
Há poucos lugares no planeta que não tiveram ainda o privilégio de ouvir a Voz de António Zambujo ao vivo. Com tantos mundos dentro do seu mundo, quer se apresente rodeado de músicos ou apenas acompanhado pela sua guitarra, como temos agora a oportunidade de assistir nos concertos de “António Zambujo Voz e Violão”, é sempre, como disse Caetano Veloso, 7 álbuns antes, “de arrepiar e fazer chorar”.