Assembleia da República pede normalização das competições e gradual regresso do público
A Assembleia da República recomendou esta sexta-feira ao governo a adopção de medidas que permitam a retoma desportiva e consequente normalização das competições, bem como o gradual regresso do público em contexto de pandemia.
Foto: Associação de Futebol de Beja
"A AR recomenda ao governo que adopte, de acordo com as normas sanitárias, medidas de incentivo à prática desportiva e à normalização gradual das competições, incluindo as camadas mais jovens e de formação e o desporto para deficientes", refere a instituição.
Em comunicado, e aludindo ao n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, a AR desafia, "com carácter de urgência", a que a tutela faça uma "ampla auscultação das entidades nacionais do associativismo desportivo" para que, em conjunto com a Direcção-Geral da Saúde, possam "trabalhar as normas e condições para a prática desportiva".
De igual modo, pretende um "apoio ao movimento associativo desportivo" para que este contribua para a "retoma gradual e segura das suas actividades".
Paralelamente, a AR entende que esta é a altura de começar a promover o "regresso gradual do público a todos os eventos desportivos", tendo sempre em conta "a situação epidemiológica e salvaguardadas as normas de saúde".
Quer ainda a AR receber "regularmente" os resultados do grupo de trabalho constituído para analisar os planos de adaptação das modalidades, criado pelo Despacho n.º 10831/2020, de 04 de Novembro, pretendendo que os mesmos sejam tornados "públicos".
Uma luz ao fundo do túnel para os escalões de formação cuja atividade desportiva se encontra suspensa desde março/2020, sendo que segundo conseguimos apurar o regresso estará a ser preparado para o mês de abril/2021, com provas lúdicas (sem disputa de troféus, campeonato ou subidas) de modo a restabelecer os hábitos desportivos dos jovens.
Estas provas deverão ocorrer a nível de cada uma das associações regionais de modo a minimizar possíveis contagíos de Covid-19 entre regiões, estando em cima da mesa a criação de novos escalões de sub/20 ou sub/21 para permitir o término da formação dos jovens e a sua transição entre o futebol de formação e o futebol sénior.