Assembleia Municipal de Beja aprova Moção a exigir instalação de fibra ótica nas aldeias
A Assembleia Municipal de Beja aprovou, ontem, por unanimidade, uma Moção a exigir a instalação de fibra ótica nas aldeias.
O documento, apresentado pela União de Freguesias de Albernoa e Trindade, foi subscrito por todas as freguesias do concelho, uma vez que “o problema é comum a todas.”
“Quem mora nas aldeias de Albernoa e Trindade, assim como nas outras, não tem menos direito ao acesso à fibra ótica, do que os residentes na cidade” afirmou o presidente desta união de freguesias, Carlos Casimiro.
A população de
Albernoa e Trindade tem neste momento a circular um abaixo-assinado a exigir a ligação de internet por fibra nas suas casas. A
situação, segundo a União de Freguesias, é caricata ao ponto de haver pontos de
fibra nas caixas centrais de cada aldeia, o que garante a publicidade da Meo
que diz “que há cobertura”, mas depois não é ligada nas casas das pessoas.
Carlos Casimiro
acredita que “estamos perante uma manifesta situação economicista da empresa. A
ligação não é feita porque terá custos que a MEO não quer suportar, porque os
clientes são menos do que estão habituados na cidade, mas é dever do meu
executivo lembrar às autoridades e à Meo que o nosso voto vale tanto quanto o
de um cidadão de Beja ou de Lisboa e por isso não podemos ser prejudicados por
estratégias comerciais que não servem as pessoas nem a fixação de pessoas no
território”
A moção recorda os
dados de cobertura que a gestão da MEO refere ter atingido e cita ainda os
números da Anacom, que refere que hoje em dia 9 em cada 10 instalações de
internet são já de banda larga. Carlos Casimiro refere “que o 10ºcaso devemos
ser nós, Albernoa, Trindade e as restantes aldeias do concelho de Beja, que
estão à espera e sem respostas. A pandemia trouxe novas pessoas às aldeias e
vemos na fibra uma das possibilidades de fixar profissões nómadas, que precisam
de boas ligações e que aqui se fixam, trazendo mais pessoas aos nossos
territórios”
O documento vai seguir
para a administração da MEO, a ANACOM, a ministra da Coesão e os três deputados
eleitos pelo círculo de Beja