Assembleia Municipal de Beja quer mais investimento público na região
A Assembleia Municipal de Beja aprovou, por unanimidade, a Moção “É urgente mais investimento público para Beja”, apresentada pela CDU.
O documento começa por afirmar que “a situação
económica e social atual é difícil e reveste-se de particular complexidade” e que
“o momento exige respostas políticas determinadas e urgentes, sob pena de se
agravarem as assimetrias regionais e aumentar a dificuldade de tratar a coesão
territorial adequadamente, dada a maior vulnerabilidade das regiões do interior
do País.”
Sobre o Orçamento do Estado para 2022 é considerado que
“independentemente da perspetiva que possa ser tomada na avaliação de defeitos
e virtudes do mesmo, há um aspeto que não passa despercebido: este Orçamento do
Estado não satisfaz as necessidades do distrito em geral e do concelho de Beja
em particular”
Ainda de acordo com a Moção “a melhoria das
acessibilidades, a valorização do aeroporto de Beja, o reforço dos cuidados de
saúde, intervenções nas áreas da educação e da justiça, assim como a
simplificação e a equidade no acesso aos fundos do PRR, são áreas fundamentais
para a região.”
Nesse sentido, a Assembleia Municipal de Beja solicita
ao Governo que defina como prioritárias, para a região de Beja “que o IP8 não
fique apenas pela repavimentação do traçado atual e construção das variantes a
Figueira de Cavaleiros e Beringel, mas que seja retomada a intenção de
construção de novo traçado em formato de autoestrada, que seja exercida pressão
política sobre ANA e VINCI, no sentido do aproveitamento efetivo do aeroporto
de Beja e que os fundos do PRR contemplem a nossa região de forma mais efetiva
e com maior equidade, face a outras regiões do País.”
A Assembleia Municipal de Beja pede ainda a simplificação,
na medida do possível, no acesso aos fundos de financiamento do PRR, por parte
das PMEs e que o Governo decida avançar com a construção imediata da segunda
fase do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja e em simultâneo que haja um
reforço na contratação de profissionais de saúde.
É ainda defendido que “a eletrificação da linha do Alentejo não pode ser empurrada para futuro longínquo. Deve ser uma decisão a executar no imediato, pela importância que tem para a região.”