Foto: O ATUAL

A associação recentemente constituída considera este projeto das Águas do Algarve “altamente danoso” para o concelho de Mértola e para o rio Guadiana e em especial para o Pomarão e para o lugar da Formôa.

De acordo com a associação o projeto para além de estar “localizado em zonas protegidas e altamente sensíveis do ponto de vista ambiental incompreensivelmente, assenta em dados falsos, e que não têm em conta as disponibilidades hídricas, nem do lado espanhol, nem do lado português, nomeadamente, do sistema Alqueva – Pedrogão.” De acordo com a associação “podemos estar perante um projeto de tomada de água em que não haverá água para tomar e nessa medida é um projeto altamente irresponsável.”

As críticas não se ficam por aqui e é ainda afirmado que se trata de “um projeto que desconsidera as populações e o território. As populações, dado que foi elaborado sem que aquele que é o principal concelho a receber os principais impactes, Mértola, tenha sido envolvido no processo de tomada de decisão.”

Ainda segundo a associação quando o projeto foi colocado em consulta pública um dos fatores fundamentais para a sua aprovação ou para a sua rejeição, já estava decidido. Precisamente o facto “localização”.

Para os Amigos da Formôa é um projeto que não respeita o território porque, o próprio estudo de impacte ambiental “confessa” destruir biodiversidade, colocar em causa espécies que neste momento estão em vias de extinção como é o caso do saramugo (Anaecypris hispanica), aumentar a intrusão salina, entre outros danos irreversíveis e não minimizáveis (…) e tudo isto para “chegarmos ao final do projeto, sem a certeza de que haverá água para a tomada que as Águas do Algarve pretendem fazer no Pomarão.”

Esta associação pretende que seja declarada a nulidade ou em alternativa anulada a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente sendo que tal decisão "representará, desde logo, a proteção do rio Guadiana de um projeto que não faz qualquer sentido e é altamente danoso."

 

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Não poderei estar mais de acordo com o texto.

Manuel Gonçalves

28/11/2024

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