A APCP apresenta propostas específicas para a rubrica prevista na Componente Saúde-Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e Rede Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP), que prevê a alocação de 205 milhões de euros. A APCP considera que o Plano de Recuperação e Resiliência é uma oportunidade extraordinária de corrigir assimetrias e desigualdades graves no acesso a serviços e a cuidados de saúde em Portugal, por isso, reitera a necessidade do Plano prestar a devida atenção à implementação de ações objetivas que contribuam para medidas estratégicas e estruturantes, no desenvolvimento consistente dos Cuidados Paliativos em Portugal.

Catarina Pazes, presidente da APCP, afirma que é fundamental que o investimento seja feito com uma estratégia bem definida, caso contrário existe o risco de se gastar o dinheiro, sem que exista uma mais-valia para os doentes e suas famílias. A formação de profissionais, a constituição de equipas e de unidades de cuidados paliativos e ações na área da organização dos serviços são algumas medidas que, na sua opinião, deveriam ser integradas no PRR.

Para Catarina Pazes o Plano de Recuperação e Resiliência deveria diferenciar, ao contrário daquilo que prevê, o investimento para os cuidados continuados e para os cuidados paliativos é que embora sejam áreas que se "tocam", são distintas e, por isso, é importante fazer essa separação. Catarina Pazes lamenta ainda que o Plano Estratégico de Cuidados Paliativos que existia tenha “desaparecido” e reitera a urgência na nomeação de uma Comissão Nacional de Cuidados Paliativos, uma vez que no contexto atual torna-se ainda mais premente a necessidade de uma estratégia nacional nesta área.

Finalmente a APCP deixa a garantia que mantém a sua total disponibilidade para colaborar com o ministério da Saúde neste e noutros projetos que se revestem da maior importância para que se consiga, todos em conjunto, oferecer mais e melhores cuidados paliativos a todos os portugueses que deles necessitem.

O documento com as propostas pode ser consultado em Microsoft Word - APCP_PRR_contributos 23-02-2021.docx


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Bom dia. Fico contente que a vontade de dar mais importância aos cuidados paliativo se torne real mas ainda temos muito a fazer. Eu como AO num hospital gostava que uma das formações dadas fosse dirigida aos cuidados paliativo. Eu gostava de fazer parte de uma equipa de trabalho em paliativos

Maura Pires

27/02/2021

Concordo completamente com a Dra Pazes. Linhas que se tocam más diferentes. Os CP continuam a ser a irmã pobre da Saúde, más são in sustuíveis. O investimento torna se completamente necessário. O resto é não querer ver a situação

Francisco Centeno

26/02/2021

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