Após cinco meses de provas eliminatórias que replicaram, de forma adaptada, o processo de seleção de astronautas profissionais, os 30 finalistas — jovens estudantes do ensino básico e secundário, entre os 14 e 18 anos, provenientes de 13 distritos e das duas regiões autónomas — embarcaram pelas 8h45 no Airbus 310 da francesa Novespace. 

Depois de cerca de duas horas e a realização de 15 parábolas, os jovens estudantes aterraram com o total de cinco minutos a flutuar dentro do A310.

Os 30 finalistas serão a partir de agora embaixadores da iniciativa, cabendo-lhes divulgar o “Astronauta Por um Dia” junto do seu agrupamento escolar e da sua comunidade durante o ano letivo 2024/ 2025. Um papel que foi sublinhado pela Secretária de Estado da Defesa, Ana Isabel Xavier, presente na Cerimónia de Graduação: “Ao tornarem-se embaixadores desta iniciativa, levam convosco a responsabilidade de partilhar a mensagem de que o Espaço é, de facto, um domínio de todos, para todos”. 

Sublinhando o papel que a Força Aérea tem assumido no desenvolvimento do setor espacial, Ana Isabel Xavier afirmou ainda que os 30 Astronautas “são a prova que o Espaço é, por natureza, multidisciplinar, e todos podem contribuir para a narrativa cósmica”.

Esta última fase da iniciativa “Astronauta por Um Dia”, que se iniciou na passada quinta-feira, foi dedicada à preparação dos finalistas para o voo parabólico, mas também ao desenvolvimento de competências sociais e de comunicação. Ao longo de três dias, os jovens participaram em atividades como dinâmicas de grupo organizadas pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), sessões de treino e orientação, formação em comunicação e uma sessão de observação astronómica, promovida pelo Dark Sky Alqueva. 

“Estas experiências foram fundamentais para desenvolver relações humanas, promover o trabalho em equipa e espírito de grupo. Chegaram como elementos separados, mas saem como membros da Classe 2024 do Astronauta Por um Dia e ainda mais preparados para a experiência de microgravidade”, afirma Marta Gonçalves, gestora de Programas Educativos da Agência Espacial Portuguesa.

A iniciativa  conta com o apoio da Força Aérea Portuguesa, da Ciência Viva, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e da Missão Continente.