Foto: Justino Engana

“A vontade política está à vista de toda a gente e faz sentido juntar todos a uma mesa e ouvir todas as pessoas”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Cuba, João Português.

A proposta dos autarcas alentejanos de Barrancos, Cuba, Serpa e Vidigueira surgiu, em comunicado, depois das reuniões que o conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) manteve, desde julho, com diversas entidades sobre a dinamização do Aeroporto de Beja, nomeadamente as empresas ANA – Aeroportos de Portugal e Vinci.

A iniciativa culminou com uma reunião em Lisboa, em 25 de outubro, entre a CIMBAL, que junta 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja, e o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Na altura, o presidente do conselho intermunicipal da CIMBAL, o autarca socialista António Bota, disse ter sido também informado que será lançado, “já no próximo ano”, o concurso público para “alargamento e melhoria” do Itinerário Principal (IP) 8, “que vai permitir uma acessibilidade maior ao Aeroporto de Beja”.

Já sobre a linha férrea entre Casa Branca e Beja, António Bota revelou que está a ser feito um estudo prévio “para perceber os custos e o que se pode fazer” nesta ligação.

“As notícias que recebemos sobre a reunião revelam que nada de substancial foi informado e muito menos alcançado”, resumiram agora os eleitos da CDU, no comunicado.

“Foi uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma porque vão passando as responsabilidades de uns para os outros e, no fim, o ministro” avançou com datas “que já passam em dois anos o que estava comprometido anteriormente pelo Governo”, acrescentou João Português.

Para o eleito comunista, a impressão que fica é que todas as reuniões realizadas foram “de cosmética” e que, “efetivamente, não serviram para nada”.

“Porque aquilo que nos vieram dizer é que, afinal, as coisas vão demorar mais dois anos” e “ficamos com a sensação que nem sequer vai ser realizada” a ligação ferroviária ao Aeroporto de Beja, afiançou.

Por tudo isto, o presidente da Câmara de Cuba disse ser necessário “juntar” todos estes responsáveis “à mesma mesa”, em Beja, com “um claro compromisso” de “ser assumido um prazo e uma data para as obras serem realizadas”.

“Faz sentido ser a CIMBAL a juntar todos a uma mesa e ouvir todas as pessoas, incluindo os operadores de transporte”, pois “queremos os investimentos feitos, porque são essenciais para o desenvolvimento da região”, afirmou.

No comunicado enviado à Lusa, os presidentes das câmaras de Barrancos, Cuba, Serpa e Vidigueira argumentaram ainda que a região necessita “de vias qualificadas, modernizadas, com mais faixas de rodagem, duma ferrovia modernizada, da ligação das vias rodoviárias e ferroviárias ao aeroporto e do adequado aproveitamento deste”.

 

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