Autarcas do PS não batiam o pé ao governo socialista, agora há ânsia de atacarem o atual governo-Gonçalo Valente
A posição que os autarcas do PS têm tido relativamente ao estado da saúde no Baixo Alentejo leva o deputado do PSD eleito por Beja a afirmar que “não os vi bater o pé ao seu governo vez alguma, estava sempre tudo bem” e, por isso, acusa-os de terem “ânsia de atacarem” o atual governo.
Foto: O Atual
Gonçalo Valente afirma que “a ânsia de atacarem o governo é tão grande que se esqueceram que o Conselho de Administração da ULSBA tem total poder para contratar médicos e é responsável por toda a gestão do funcionamento da saúde no Baixo Alentejo.” Gonçalo Valente acrescenta ainda que “estão intencionais ou intencionalmente a atacar a competência das pessoas que eles próprios escolheram. Parece que nós confiamos mais nesta equipa do que propriamente quem teve a prerrogativa de a escolher.” Recorde-se que o atual Conselho de Administração da ULSBA foi nomeado ainda no governo do PS, liderado por António costa.
O deputado afirma que está e estará sempre “ao lado da administração que estiver a gerir a ULSBA, independentemente de quem a nomeou, respeito o seu esforço e a dedicação, pois o sucesso deles, será o sucesso da nossa região.
Gonçalo Valente afirma que se revê no diagnóstico negativo que é feito ao estado da saúde no distrito de Beja, mas pergunta se só agora é que se encontra neste estado porque acrescenta que é “do tempo, não assim tão longínquo, em que se somavam os fins de semana ao longo do ano, em que vários serviços encerravam no Hospital de Beja, e não vi esta preocupação por parte destes autarcas.”
De acordo com o deputado “a forma
encontrada pelas administrações para colmatar a falta de médicos no quadro, é
recorrer a médicos tarefeiros, transformando-se num autêntico leilão de preços.
Isto acontece porque a carreira no público não é atrativa para esta classe. O
problema é, portanto, estrutural e só se resolve com uma reforma, reforma esta
que levará o seu tempo para conhecer resultados.”
Gonçalo Valente questiona “se há medidas
imediatas que podem resolver a falta de médicos, de uma forma mais evidente no
interior, por que razão o anterior governo não as tomou? Ou há 7 meses não
tínhamos falta de médicos e agora é que temos porque este governo tem tomado
más opções?”
Ainda segundo o deputado, “quando estavam no poder assentes numa condição hegemónica, detendo 10 municípios e tendo 2 deputados, não os vi bater o pé ao seu governo vez alguma, estava sempre tudo bem, nunca sentindo o distrito a falta de médicos, tampouco pediram reuniões a ministros por estes motivos e com este mediatismo todo. Estamos perante um caso de pouca seriedade e respeito por quem faz e dá o máximo de si todos os dias.”