“Este não será um mandato difícil”, afirmou o autarca na cerimónia de tomada de posse dos novos eleitos para a Câmara e Assembleia Municipal de Moura, realizada na aldeia de Santo Aleixo da Restauração, naquele concelho do distrito de Beja.

O que é difícil é o mandato quando há maioria absoluta e “em que toda a responsabilidade cai” sobre os ombros de quem lidera, continuou Álvaro Azedo, acrescentando que este vai ser antes “um mandato desafiante para todos”.

O PS foi o partido mais votado em Moura nas autárquicas de 26 de setembro, obtendo 40,31% dos votos e três eleitos na corrida eleitoral para a câmara, segundo os resultados preliminares da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (MAI).

A CDU surge logo atrás, com 38,97% dos votos e o mesmo número de eleitos (três), ficando o executivo completo com o mandato ganho pelo Chega, que granjeou 14,35% da votação.

Já a coligação PSD/CDS-PP/Aliança ficou-se pelos 3,67% dos votos e não conquistou qualquer mandato para a câmara.

Álvaro Azedo, que foi assim reeleito para o segundo mandato, prometeu hoje “manter” uma “postura de diálogo franco, honrando compromissos” e na defesa dos “interesses do povo”, que “estão acima dos interesses pessoais e particulares”.

O PS vai “fazer tudo” para cumprir o programa eleitoral que apresentou, mas com abertura para entendimentos: “Não deixaremos de estabelecer as pontes que importam estabelecer”.

Em declarações aos jornalistas, André Linhas Roxas, que foi o cabeça de lista da CDU à câmara e assumiu hoje o lugar de vereador, prometeu que a oposição comunista vai ser feita “de forma construtiva” e “acima de qualquer briga ou jogada partidária”.

O vereador rejeitou ainda a possibilidade de os três eleitos da CDU assumirem pelouros e de qualquer acordo com a eleita pelo Chega: “Se há partido com o qual nós não falaremos com certeza será o Chega”.

Já a vereadora do Chega, Cidália Figueira, assinalou aos jornalistas que, apesar de estar na oposição, quer “trabalhar em conjunto” e não vai “prejudicar o município”, pelo que não pretende “boicotar por boicotar”.

Na cerimónia de hoje, também o presidente do Chega, André Ventura, tomou posse como deputado da assembleia municipal, órgão onde o seu partido vai contar com seis eleitos e que será presidido pela socialista Paula Ramos (o PS tem maioria).

André Ventura explicou que a sua “primeira responsabilidade” é na Assembleia da República, como deputado único do Chega, mas afiançou que vai estar presente nas reuniões da assembleia municipal alentejana “sempre que possível”.


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