“Desenvolvimento económico, com a urgente construção de zonas industriais, e atrair população, principalmente jovem, para o concelho de Alvito. Esse é o nosso lema para os próximos quatro anos”, disse José Efigénio à agência Lusa.

O autarca eleito frisou que o desenvolvimento económico e a atração de população são “duas grandes falhas” do concelho de Alvito e “prioridades” que tem “desde o início” da sua candidatura e que quer “olhar muito para a juventude, que tem estado abandonada durante muitos anos”.

Nas eleições autárquicas de domingo, José Efigénio foi eleito presidente da Câmara de Alvito, pelo PS, com maioria absoluta, reconquistando uma autarquia que os socialistas tinham perdido em 2005 para um movimento independente e que, nos últimos 12 anos e três mandatos, foi liderada pela CDU.

José Efigénio confessou que esperava ganhar a presidência do município, mas “nunca” pensou que seria com maioria absoluta.

“Esta vitória era esperada, havia alguma dúvida, estamos em Alvito, isto aqui podia balançar tanto para um lado com para o outro [PS ou CDU], mas tínhamos a esperança de ganhar, não com maioria absoluta, nunca pensámos numa vitória com maioria absoluta, mas era uma vitória, tínhamos uma luz ao fundo do túnel”, disse.

As duas razões apontadas por José Efigénio para justificar a sua vitória são a vontade de “mudança” da população e esta ter acreditado na equipa e no projeto do PS.

“As pessoas, em primeiro lugar, queriam mudança. Isso foi logo a primeira razão. E [a outra razão] porque acreditaram na equipa, uma grande maioria [dos elementos] nunca tinha participado em qualquer lista, e no projeto do PS”, afirmou.

O PS, através da candidatura de José Efigénio, que não é filiado no partido, obteve 49,66% de votos, mais 17,99 pontos percentuais do que em 2017, elegendo três dos cinco elementos do executivo camarário e alcançando a maioria absoluta.

A CDU, através da recandidatura do atual presidente, o comunista António João Valério, que está na reta final do segundo mandato, alcançou 34,26%, menos 14,79 pontos percentuais do que em 2017, o que valeu a eleição de dois vereadores.

Em declarações à Lusa, António João Valério lamentou a derrota da CDU e disse esperar que o PS faça “um bom trabalho” em prol do concelho.

O resultado das autárquicas de domingo no concelho de Alvito expressou “a vontade do povo”, frisou António João Valério, rematando: “As eleições são isso mesmo, a democracia é assim, ganha-se e perde-se, quem ganhou foi o povo na sua decisão, como é evidente”.

A coligação PSD/CDS-PP/Aliança, que apostou no chefe da Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros de Alvito, Pedro Penedo, obteve 11,77 % dos votos, ficou em terceiro lugar e não elegeu qualquer vereador.

 

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