Baixo Alentejo integra projeto europeu de 26ME de adaptação às alterações climáticas
A região do Baixo Alentejo integra o projeto europeu RESIST, para demonstração de soluções inovadoras de adaptação às alterações climáticas e que envolve 56 parceiros de 15 países, num investimento total de 26 milhões de euros.
Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) explicou que esta região alentejana e a região do Centro são os representantes portugueses no projeto europeu RESIST – Regions for climate change resilience through Innovation, Science and Technology.
A iniciativa, cujo evento de lançamento decorreu em Coimbra, nos dias 17 e 18 deste mês, “promove projetos demonstradores no âmbito da missão dedicada à adaptação às alterações climáticas do programa Horizonte Europa da Comissão Europeia”, indicou.
Do investimento total de 26 milhões de euros, mais de 5,6 milhões destinam-se a Portugal, realçou também a CIMBAL, constituída por 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja (só não integra Odemira).
Em 18 de janeiro, após o lançamento do projeto, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) explicou que a ideia passa por “acelerar a transformação e aumentar a capacidade de adaptação” de 12 regiões europeias vulneráveis às alterações climáticas.
A iniciativa prevê o desenvolvimento de projetos demonstradores de inovação em quatro regiões e a transferência de conhecimento e soluções inovadoras para outras oito regiões.
Segundo a CIMBAL, o sudoeste da Finlândia, a Dinamarca central, a Catalunha espanhola e a região portuguesa serão as pioneiras que irão testar soluções de adaptação para os principais desafios relacionados com o clima.
“Cada uma dessas quatro regiões será́ geminada com duas outras regiões com características biofísicas semelhantes”, notou.
O sudoeste da Finlândia vai trabalhar com a Normandia (França) e a Macedónia Oriental (Grécia), a região dinamarquesa com Blekinge (Suécia) e Zemgale (Letónia), a região da Catalunha com Puglia (Itália) e o Baixo Alentejo (Portugal), e a região Centro de Portugal com Vesteralen (Noruega) e a região espanhola da Estremadura.
Entre os 56 parceiros do consórcio, encontram-se associações europeias, grupos de investigação sobre alterações climáticas, agências de inovação, organizações de comunicação e um fundo de capital de risco.
O objetivo é que “as soluções inovadoras resultantes possam ser validadas e alavancadas entre os cidadãos, promovendo a disseminação e exploração sustentável dos resultados para o mercado”, indicou a CIMBAL.
O Baixo Alentejo, através da participação da CIMBAL, vai acolher um dos demonstradores do projeto, que será focado “na implementação de sistemas de aviso e alerta tendo em conta os impactos e vulnerabilidades do território já identificadas no Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Baixo Alentejo – PIAACBA”.
“A forte colaboração entre todas as regiões e partes interessadas está no centro da metodologia do projeto RESIST, que prevê a implementação de estruturas adequadas de aprendizagem mútua, troca de experiências e transferência de ‘know-how’”, referiu a comunidade intermunicipal.