Beja é alternativa a aeroportos sobrelotados de Lisboa e Faro-AM de Beja
A Assembleia Municipal de Beja aprovou uma moção em que defende o aeroporto da cidade como “uma excelente e útil alternativa” aos aeroportos de Lisboa e Faro, “em caso de necessidade e de sobrelotação”.
Foto: Justino Engana
A moção sobre o Aeroporto de Beja foi proposta pela coligação Beja Consegue (PSD/CDS-PP/PPM/IL/Aliança) e aprovada por unanimidade pelos eleitos das várias forças políticas, na mais recente reunião da Assembleia Municipal (AM) de Beja, na terça-feira.
O documento, enviado pela AM à agência Lusa, lembra que “o Aeroporto de Beja encontra-se certificado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e é um dos quatro aeroportos portugueses que podem receber voos internacionais”, tanto de passageiros como de carga.
Para os eleitos, “é urgente” rentabilizar esta infraestrutura aeroportuária, através do empreendimento do Alqueva, do Porto de Sines, do turismo, das fábricas de componentes aeronáuticos que a Embraer possuía em Évora e que, agora, são da espanhola Aernnova e da captação de mais investimento nesta área.
“Com vontade política de aposta nesta infraestrutura aeroportuária, seria até possível criar aqui uma Zona Franca com características fiscais especiais, onde se praticassem taxas alfandegárias reduzidas”, sugere a AM.
Apesar de admitirem que o Aeroporto de Beja “dificilmente conseguirá ser um aeroporto complementar ao de Lisboa”, os eleitos defendem que “pode ser, em caso de necessidade e de sobrelotação dos aeroportos de Lisboa e de Faro, uma excelente e útil alternativa”.
“A ação política local, nomeadamente através da Câmara Municipal de Beja, deve lutar e contribuir para a utilização regular do aeroporto”, sustenta a moção.
O Alentejo, “como potencial económico, precisa do aeroporto como polo de desenvolvimento e valorização da região, pois, este possui espaço suficiente para uma plataforma logística de carga aérea, tendo um elevado potencial como zona industrial”, acrescentam.
O documento, que vai ser enviado ao Presidente da República, primeiro-ministro e Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, reclama também mais investimento público para o Baixo Alentejo.
“É importante que se aproveitem, desde já, os fundos estruturais estratégicos que Portugal vai receber” e que sejam aplicados na “melhoria das acessibilidades, modernização da ferrovia e da rodovia, em equipamentos e infraestruturas”, para fixar população e combater o despovoamento e isolamento, lê-se na moção.