Vítor Picado, cabeça de lista da CDU à Câmara de Beja, começa por afirmar que a falta de atratividade e a quebra das espectativas levam ao despovoamento, perdendo a nossa região três a quatro pessoas por dia nos últimos anos sucessivamente. São investimentos públicos indispensáveis há décadas para um desenvolvimento sustentável num distrito cheio de potencialidades que até agora vão sendo desaproveitadas.”

Segundo Vítor Picado “temos um IP8 inacabado e sem uma garantia de que será respeitado o projeto inicial constante do plano rodoviário que ligaria Sines a Vila Verde de Ficalho. O seu estado atual é de um verdadeiro “caminho de cabras” com uma degradação permanente, vergonha para a região.”

Na nota de imprensa é ainda afirmado que “temos um aeroporto sem aviões e sem um modelo ou sequer proposta relativamente ao seu futuro, não passando, atualmente, de um pequeno parque de estacionamento de algumas aeronaves e pouco mais” e “temos uma linha férrea e composições completamente ultrapassadas, tendo-se perdido a ligação direta a Lisboa há anos. Um serviço cheio de problemas e situações caricatas no percurso entre Beja e Casa Branca. Sobra a ligação ao Algarve nada é dito. Claro que por estas razões vão-se perdendo utentes que são obrigados a procurar outras alternativas.”

Perante estas argumentos, Vítor Picado considera que “este é o triangulo do nosso enorme descontentamento e responsabilidade dos governos quer do PS quer do PSD/CDS que, em nada contribuíram para alterar até hoje esta realidade.”

A vinda a Beja do Secretário-Geral do PS também é abordada, de acordo com Vítor Picado “contrariamente ao que vem anunciando e prometendo nas suas recentes intervenções por todo o país, nada disse sobre os nossos problemas. Algo estranho, registe-se, pois não teve uma palavra pelo IP8, pelo Aeroporto, pela situação da ferrovia, para não referirmos outros.”

Vítor Picado admite que “alguns destes problemas não são da competência de qualquer câmara municipal, mas sim dos governos” mas considera que António Costa “podia dizer mais qualquer coisinha como fez em tantos outros concelhos. Mas não, não disse nada. Portanto é legitimo ficarmos ainda mais apreensivos sobre para quando decisões concretas. Talvez tenha já gasto todo o dinheiro nos locais onde andou ou então considera que a nossa região não é uma prioridade para o governo do PS. Não é que se concorde em fazer promessas. Nós até já estamos habituados com promessas que nunca foram cumpridas por cá. Não era isso, mas assim, sem uma única referência é demais.”


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