Beja Consegue quer a Câmara com uma ação eficaz no combate aos sem abrigo
O Beja Consegue afirma, em nota de imprensa, que vem desde há muito tempo alertando, nas reuniões de câmara e noutros fóruns, que a Câmara Municipal de Beja não desenvolve uma ação eficaz no combate aos sem abrigo da cidade. Isto numa altura em que a autarquia decidiu colocar contentores no Estádio Flávio dos Santos para instalar temporariamente os sem abrigo que vivem no edifício da REFER.
Foto: O ATUAL
Este
comunicado surge depois da autarquia ter decidido colocar contentores no
Estádio Flávio dos Santos, que vai funcionar como Centro de Abrigo Temporário Noturno
para as pessoas que vivem atualmente no edifício REFER, está alugado
à Cruz Vermelha Portuguesa pela Infraestruturas de Portugal, e que nos últimos anos foi
ocupado por pessoas em situação de sem abrigo.
A critica
do Beja Consegue é “no sentido desta medida, agora tomada, apenas resolver uma
situação pontual, motivada por pressões externas, não apresentando a Câmara
outra alternativa.”
Para o Beja Consegue esta é uma “medida avulsa” que “não permite traçar um caminho para a resolução de situações de pessoas que dormem na rua ou em espaços degradados e/ou devolutos e que necessitam de ajuda.”
O Beja Consegue recorda que em “sede de discussão do
orçamento de 2024, apresentou uma proposta para a criação de um espaço
permanente (Centro de Acolhimento de Trabalhadores Rurais) onde pudessem
pernoitar e ser monitorizados, controlados e apoiados todos os sem abrigo e
imigrantes que temos em Beja” só que “estranhamente, o executivo em funções não
aceitou a inclusão desta proposta no orçamento de 2024, razão pela qual, entre
outras, termos votado contra o orçamento.”
Afirma o Beja Consegue que “a construção deste Centro poderá
passar pela recuperação de um edifício desabitado/abandonado, (que são vários)
no concelho, ou pela articulação com outras instituições através da utilização
de um espaço já existente, e que devidamente remodelado fosse uma solução
duradoura, minimizando e invertendo a tendência crescente para este problema.”
A construção de um Centro de Acolhimento Temporário dotava o município, de
acordo com o Beja Consegue, de “um espaço para o acolhimento destas pessoas, e
ao mesmo tempo possibilitar um trabalho estruturado, com um plano de ação
definido e metas claras para a sua integração, o que permitiria uma
fiscalização mais exata da situação que temos entre mãos de forma a poder
informar e tranquilizar a população Bejense."
O Beja Consegue lamenta que “face a um problema que atinge todos os Bejenses, o executivo em funções tenha tomado a decisão de instalar os contentores durante um mês e meio (não mais), no Flávio dos Santos, sem consultar a oposição” e considera que “é um dever de quem exerce funções públicas dar a conhecer e tornar transparente as decisões que vão sendo tomadas.”
Segundo o Beja Consegue “mais uma vez, se torna evidente a falta de estratégia do executivo em funções para os assuntos sérios e complexos do nosso concelho, atuando sempre em último recurso, de forma reativa e nunca de uma forma ativa e preventiva.”