Beja debate “Gerir o Sequeiro: propostas e iniciativas para cultivar o Alentejo”
"Gerir o Sequeiro: propostas e iniciativas para cultivar o Alentejo (Séculos XIX-XXI)" é o mote para uma conferência marcada para esta noite, às 21.30 horas, no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano, em Beja. Dulce Freire é a oradora convidada.
Mais de 80
anos de construção de barragens e condutas de regadio está a reconverter para a
agricultura intensiva extensas áreas do Alentejo, que pertenciam ao sequeiro
característico do Mediterrâneo.
No caso do Alentejo, a conceção e a implementação de amplos sistemas de regadio têm estado em discussão nos últimos séculos, demonstrando como a defesa de mais irrigação se tem ajustado a diferentes modelos de modernização agrícola e desenvolvimento rural.
A conferência inclui duas partes. Na primeira, apresentam-se as principais fases das políticas públicas promovidas pelo Estado para alargar as áreas de “hidráulica agrícola moderna”, inserindo a expansão do regadio no Alentejo no contexto nacional. Na segunda parte, avalia-se em que medida as propostas de agrónomos e outros técnicos relacionadas com colonização, regadio e reforma agrária se têm articulado com as decisões do Estado.
A conferência, de entrada gratuita faz parte do ciclo “Terra e Paisagens no Sul”, que resulta de uma parceria entre a EDIA, a Câmara Municipal de Beja e a Direção Regional de Cultura do Alentejo e conta com o apoio da Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja e da Universidade Sénior de Beja.