Beja: Diogo Zambujo vai estrear-se a solo no Auditório do Pax Julia Teatro Municipal
Depois de esgotar a lotação da Cafetaria e devido à elevada procura de bilhetes, Diogo Zambujo vai atuar no Auditório do Pax Julia Teatro Municipal, a 11 de janeiro. O Atual recupera uma entrevista feita ao artista bejense, prestes a estrear-se a solo num dos espaços culturais mais emblemáticos da cidade onde nasceu.
Foto: Pax Julia Teatro Municipal
Natural de Beja, Diogo Zambujo tem uma ligação com a música quase inata. Aos 8 anos começou a tocar guitarra, por influência do tio, e anos mais tarde aventurou-se no mundo das letras. Licenciado em Ciências da Comunicação, tem raízes no Alentejo mas "uma costela da cidade grande".
Diogo Zambujo assinou, este ano, com a Universal Music Portugal e, com apenas 25 anos, apresenta um repertório com diversas músicas originais, uma delas parte da banda sonora do filme português “Podia ter esperado por Agosto”.
O cantor e compositor vai apresentar-se no Auditório do Pax Julia Teatro Municipal, a 11 de janeiro, depois de ter esgotado a lotação máxima da Cafetaria, espaço onde estava inicialmente agendado o espetáculo. Os bilhetes para o concerto, que terá início às 21h00, estão à venda em BOL.pt ou na bilheteira física do Pax Julia.
Em entrevista ao O Atual, Diogo Zambujo conta um pouco do seu percurso.
És mais um alentejano a contribuir para que a nossa região ganhe um peso forte no panorama musical. Como começou o teu trajeto no mundo das guitarras e das letras?
"É verdade, parece que a nossa região tão isolada ainda dá mais força à malta para querer fazer alguma coisa. Claro que um dia gostaria de fazer parte desse leque dos que contribuíram para que a região ganhe peso, apesar de também já ter uma costela da cidade grande. No que toca a como comecei neste mundo, primeiro vieram as guitarras e só mais tarde as letras. Quem me deu as primeiras lições de guitarra foi o meu Tio Zeca, diria por volta dos meus 8/9 anos e depois a partir daí nunca mais parei de tocar, via muita coisa na internet e fui melhorando. As letras vieram mais tarde, só em 2018 é que me saiu a primeira letra digna de fazer parte de uma música, talvez em parte também por causa do meu tio que também escrevia as próprias letras para a sua banda Caracol Blues. Para além disso, acho que ter introduzido o hábito de ler bastante me ajudou a ganhar essa destreza também".
Vens de uma família de músicos, que influência é que tiveram na tua ligação com a música?
"Eu creio que isso foi um fator chave para tudo o que gosto e sei sobre música, foi o casamento de dois mundos muitos diferentes mas que me assentaram que nem uma luva. Em primeiro lugar, tenho o mundo rock tanto português como Anglo-Saxonico, que me foi introduzido pelo meu Tio Zeca. Por outro lado, a vertente de músicas do mundo, mais propriamente música brasileira, e do jazz, que entrou pelo lado do meu pai. O facto de ambos também terem os seus projetos, com projeções diferentes naturalmente, deu-me a possibilidade de andar com eles nos concertos e também perceber um bocadinho essa vida do backstage".
Em termos de formação, o teu currículo vai além da música. Onde é que se encaixam as Ciências da Comunicação?
"É verdade, apesar da música ser o que mais gostava, optei por uma opção um bocadinho mais segura pela instabilidade que tem o mundo artístico. Tirei Ciências da Comunicação, na UCP, pelo facto de ser um curso que estava intimamente ligado à parte da cultura que me fascina bastante, para além de ser uma profissão que respeito imenso e que está a ter cada vez mais responsabilidade social no mundo em que vivemos".
Assinaste recentemente com a Universal Music Portugal, o que significa este passo para a tua carreira futura?
"Significa bastante, pela editora que é e também pela ajuda que me vão poder dar principalmente. Mas é uma experiência que acabou de começar, suponho que daqui a algum tempo consiga perceber melhor todo o significado por detrás desta escolha".