Beja “revive” época romana entre 26 e 28 de maio
O festival Beja Romana está de regresso entre 26 e 28 de maio, uma iniciativa da autarquia bejense que tem como parceiros estratégicos e co-organizadores os Agrupamento de Escolas nº1 e nº2 de Beja. A ideia é celebrar os primeiros tempos daquela que foi a importante cidade romana de Pax Julia.
O evento pretende promover a relação da comunidade com o seu passado como forma de estimular o sentimento de pertença, fomentando o conhecimento da história e do património de Beja no período romano.
O Festival Beja Romana desenvolve-se em 5 eixos principais:
educação para o património, promoção de atividades produtivas contemporâneas
inspiradas no passado romano, promoção do conhecimento científico, desenvolvimento
de um programa de animação inspirado no passado histórico de Pax Julia e
valorização da oferta gastronómica de base mediterrânica.
A grandeza e imponência de Pax Julia revive-se,
durante 3 dias, no Centro Histórico da cidade. Mas é na Praça da República,
local onde se situava o fórum romano e onde estão identificados dois templos
romanos, um dos quais, o maior e mais monumental descoberto até hoje em
território português, que acontece o grande bulício desta recriação.
Este ano, com o tema "Pax Romana: Guerra, Paz e Domínio do Território", a comunidade organiza-se para a grande festa que
concilia um programa animado e divertido com uma programação pedagógica e
científica. Música, cortejos, rábulas e performances, malabares, danças,
acepipes, oficinas de cozinha, exposições, conferências, visitas guiadas a
museus e sítios arqueológicos, são algumas propostas dos três dias de festival.
Uma das novidades, em 2023 são atividades pedagógicas exclusivamente destinadas à comunidade educativa, no dia 25 de maio, que antecedem a abertura oficial do evento, proporcionando a oportunidades das crianças e jovens usufruírem em pleno das mais diversas atividades que permitem aprofundar o conhecimento do passado romano, nomeadamente da cultura e organização de Pax Julia.
Pax Julia era a capital de um dos três conventus iuridicus (circunscrições territoriais jurídico-administrativas em que se subdividiam as províncias) que existiam no atual território português, a única a sul do Tejo. Era a cidade com o estatuto administrativo e jurídico mais importante na região. Os vestígios arqueológicos encontrados por toda a cidade, particularmente abundantes no que se refere à cidade romana, confirmam a grandeza e imponência que Pax Julia deve ter possuído, consonante com o estatuto que tinha.