Beja: União de Freguesias indignada com encerramento dos lares da CVP
A Junta de Freguesia de Santiago Maior e São João Baptista (Beja) aprovou por unanimidade a posição de “profunda indignação” pela decisão da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de encerrar dois lares na cidade. Em comunicado, a União de Freguesias pede à instituição que “assuma as suas responsabilidades sociais e reverta a situação”.
Foto: Marta Condeça
A Delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa anunciou a decisão de encerrar os dois lares da instituição em Beja, até ao final deste mês.
“Uma decisão desta natureza, vinda de uma instituição como a Cruz Vermelha, causou surpresa generalizada, incluindo naturalmente à Junta de Freguesia, que acompanhou a evolução da situação, na expectativa de que houvesse bom senso e respeito da instituição para com os direitos dos 65 utentes e respetivas famílias, bem como para com os trabalhadores, cerca de 3 dezenas, alguns deles servindo a instituição há mais de 30 anos”, afirma a União de Freguesias de Beja, em comunicado.
O primeiro espaço a encerrar foi a Casa de Repouso José António Marques, restando a Casa de Repouso Henry Dunant, que deverá fechar portas até ao dia 31 de julho.
“Os últimos utentes ainda na instituição, 27, irão ser encaminhados para lares no Seixal, Almada e Barrancos, uma solução que inevitavelmente terá consequências muito graves no acompanhamento e apoio dos respetivos familiares”, segundo a Junta de Freguesia de Santiago Maior e São João Baptista.
“Embora a instituição e os referidos lares não estejam sediados na área da Freguesia, a mesma serve muitos utentes e familiares, bem como trabalhadores residentes na União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista e por isso não pode a mesma deixar de manifestar a sua profunda indignação por esta decisão, apelando ainda a que a Cruz Vermelha assuma as suas responsabilidades sociais e reverta a situação que ela e só ela criou”, diz ainda, em comunicado.