Candidata do PSD à Câmara de Cuba quer apostar na área social
A candidata do PSD à Câmara de Cuba, de maioria CDU, Clarisse Mota Batista, apontou as “iniciativas de ordem social” como prioridades do seu projeto eleitoral, sugerindo a construção de uma unidade de cuidados continuados.
“Nem só de selva de pedra vive um povo”, disse hoje à agência Lusa a cabeça-de-lista social-democrata, defendendo a “construção de uma unidade de cuidados continuados” que sirva Cuba “e os concelhos vizinhos”.
Clarisse Mota Batista, de 54 anos, que se assume como “simpatizante do PSD”, encabeçando agora a candidatura do partido às eleições autárquicas deste ano, referiu que avançou para a “corrida” eleitoral para “tentar dar um novo rumo ao concelho” alentejano.
“Tanto a nível de estruturas que humanizem Cuba”, como também para “tentar resgatar a identidade cultural de um povo tão rico de tradições”, disse a cabeça-de-lista.
A candidatura de Clarisse Mota Batista ao Município de Cuba, no distrito de Beja, nas próximas autárquicas foi anunciada pelo presidente do PSD, Rui Rio, em conferência de imprensa, na última terça-feira.
A candidata disse que pretende “aproveitar condições já existentes, mas desaproveitadas” no concelho, “que podem dar uma nova vida a Cuba e [às] suas gentes”.
A criação de “uma estrutura de apoio que vise a saúde mental de uma população tão desapoiada e carente nesta área” e de “ condições para que os jovens possam permanecer na terra e com ela crescerem” são outras das propostas da candidata.
Clarisse Mota Batista acrescentou que vai apresentar “uma lista inovadora”, constituída na sua “maioria” por mulheres, “para dar voz a quem nunca a tem”, admitindo que ter o apoio de outras forças políticas “ainda está em aberto”.
A cabeça-de-lista do PSD tem formação na área da Psicologia, sendo uma “apaixonada por esoterismo”.
Trabalha na empresa da família, ligada aos combustíveis, e já integrou as listas do PSD em Cuba em eleições anteriores, sempre em lugares não elegíveis.
O atual executivo camarário de Cuba, liderado pelo comunista João Português, que cumpre o segundo mandato, é constituído por três eleitos da CDU e dois do PS.
Segundo a lei, as eleições autárquicas decorrem entre setembro e outubro.