CAP avisa que preço do azeite pode continuar a subir
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu esta quarta-feira que o preço do azeite deverá manter-se ou até mesmo subir até que a oferta seja reposta, alertando também para a possibilidade de produtos adulterados em canais informais.
No início do ano, em Portugal, o preço do azeite subiu 69%, registando-se o maior aumento homólogo do produto. Já na média da União Europeia (UE) o aumento foi de 50%, segundo dados divulgados, esta terça-feira, pelo Eurostat.
“Enquanto não se verificar uma reposição da oferta no mercado, ou seja, até que a produção se regularize, é natural que os preços não desçam e que inclusivamente possam ainda subir”, afirmou fonte oficial da CAP, em resposta à Lusa.
A confederação avisou também que os consumidores não se devem deixar enganar por preços “significativamente abaixo dos valores correntes de mercado” em canais informais, tendo em conta que podem estar a comprar produtos adulterados.
Para a subida do preço do azeite contribuiu o aumento dos custos de produção, da energia e dos combustíveis, o impacto da seca e a consequente quebra na produção, referiu.
Segundo a CAP, o facto de países produtores, como Espanha ou Itália, terem passado a abastecer-se em Portugal contribuiu também para uma redução da oferta e para o agravamento dos preços.
Para além de Portugal (69%), também a Grécia (67%), Espanha (63%) e Estónia (52,2%) registaram taxas de inflação do azeite acima dos 50% em janeiro.
A partir de maio vão ser conhecidas as estimativas relativas à próxima campanha do azeite, que a CAP diz serem fundamentais para avaliar o comportamento futuro deste mercado.