“Questões do foro jurídico devem ser apreciadas nos locais próprios. Não é admissível que guerrilhas político-partidárias repetidas contribuam para arrasar ainda mais ou mesmo impedir a aplicação na prática de uma visão estratégica para o setor”, defendeu a CAP, em resposta à Lusa.

A confederação referiu que o país precisa de estabilidade e confiança para que os empresários e, em particular os agricultores e produtores florestais, continuem a investir, crescer e modernizar-se.

Por outro lado, sublinhou que o reconhecimento da agricultura e da floresta como um setor estratégico para o país foi uma “inflexão louvável do discurso político”. Contudo, disse que os agricultores e produtores esperam ainda que estas palavras tenham tradução na realidade do terreno.

A CAP considerou que a modernização do setor e a revitalização do mundo rural, bem como o combate à desertificação e as infraestruturas para o armazenamento e distribuição de água, não devem estar reféns de “puras lógicas políticas”.

Assim, a confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura pediu aos partidos políticos para que contribuam para “uma rápida clarificação e estabilização da situação política”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já admitiu a realização eleições antecipadas em maio, após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado uma moção de confiança que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

A moção de confiança foi aprovada, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, e vai ser debatida e votada na próxima terça-feira.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que “não foi avençado” nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção for rejeitada, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém “se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado “para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

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