“A CAP compreende que o Governo não pode fazer tudo em 30 ou 60 dias, mas agora é chegada a altura de o Governo cumprir as suas promessas eleitorais […]. Estamos a menos de uma semana das eleições europeias, relembramos que há uma politica europeia – a Politica Agrícola Comum – que não é possível ser aplicada, em qualquer país, sem um Ministério da Agricultura forte […], com braços no terreno – as direções regionais”, defendeu o presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, em declarações à Lusa.

Na anterior legislatura, o governo (PS) decidiu passar as competências das direções regionais de agricultura para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), decisão que foi contestada pelo setor.

Para a confederação, as direções regionais têm de regressar o mais rapidamente possível, uma vez que existem aspetos práticos da apresentação de candidaturas dos agricultores que têm de ser resolvidos nas próximas semanas.

Conforme sublinhou, tal não será possível se o Ministério da Agricultura não tiver autoridade sobre quem está no terreno, o que pode voltar a gerar atrasos na entrega de ajudas ao setor.

“O Governo tem vindo a dizer que a agricultura tem uma importância estratégica. Damos as boas vindas a este discurso, mas é preciso traduzi-lo na pratica”, assinalou Álvaro Mendonça e Moura.

Questionado sobre a possibilidade de os agricultores voltarem a sair à rua, caso não tenham respostas do executivo, o líder da CAP garantiu que “tudo está na mão do decisor político, que tem todos os instrumentos para resolver estas questões”.

A Lusa contactou o Ministério da Agricultura, mas não obteve resposta.


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