Cáritas de Beja realiza conferência sobre realidade das Pessoas em Situação de Sem Abrigo
O auditório dos Serviços Comuns do Instituto Politécnico de Beja recebe, nesta terça-feira, a II Conferência sobre a realidade das Pessoas em Situação de Sem Abrigo.
Foto: Justino Engana
Esta conferência, subordinada ao tema “VOZES INVISÍVEIS-Boas Práticas e Criatividade”, conta na organização com a assinatura da Cáritas Diocesana de Beja e surge no âmbito do projeto “Estou tão perto que não me vês”.
Desde que começou, em janeiro de 2022 e até ao passado mês de outubro, o projeto acompanhou cerca de 450 pessoas, algumas foram integradas e outras já não estão na cidade. Neste momento a equipa de rua da Cáritas Diocesana de Beja envolvida no projeto acompanha 88 pessoas.
Divulgar resultados, consolidar boas-práticas e promover a partilha de conhecimento entre os agentes de intervenção no território são os principais objetivos da conferência como afirma Filipa Duarte, coordenadora do projeto “Estou tão perto que não me vês”.
A parceria entre todas as entidades envolvidas na resposta que tem de ser dada às pessoas em situação de sem-abrigo é fundamental, Filipa Duarte destaca a articulação que é preciso fazer com base num modelo colaborativo nas várias respostas que são dadas.
De acordo com a Cáritas “depois da I Conferência realizada em 2022, foram dados passos no concelho de Beja, que permitiram a constituição do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Beja em Maio de 2023, sob coordenação da autarquia de Beja, e que tem procurado encontrar respostas aos diferentes desafios, e cujos projetos dos diferentes parceiros serão aqui apresentados, tendo como objetivo principal a promoção da inclusão social e o combate à pobreza das Pessoas em Situação de Sem Abrigo, e também a sensibilização da comunidade e os técnicos dos serviços para esta problemática.”
Na Conferência vai também ser apresentada a “Caracterização do Perfil das Pessoas em Situação de Sem Abrigo (PSSA) apoiadas pelo projeto “Estou tão perto que não me vês” num estudo realizado pelas docentes do Instituto Politécnico de Beja, da autoria de Sandra Saúde, Sandra Lopes e Ana Piedade.