Carnaval de Sines volta a sair à rua com desfiles, bailes e milhares de foliões
O Carnaval de Sines regressa, após dois anos de interrupção devido à pandemia de covid-19, com desfiles, bailes e animação pelas ruas, até terça-feira, com milhares de foliões e visitantes no maior “sambódromo” do litoral alentejano.
“Este ano contamos com a visita de cerca de 60 mil pessoas ao longo dos três dias para assistirem aos desfiles carnavalescos”, disse hoje à agência Lusa Rui Encarnação, presidente da Associação de Carnaval de Sines, no distrito de Setúbal.
Com um orçamento de 150 mil euros, o Carnaval de Sines vai contar com a participação de cinco escolas de samba, “entre 13 e 15” carros alegóricos e foliões, 15 grupos alegóricos e foliões, além de “1.500 a 2.000 participantes” que vão desfilar a rigor, adiantou.
“Optámos por ter menos carros alegóricos na avenida para evitar problemas logísticos e permitir que os desfiles decorram de uma forma mais fluida”, explicou o responsável, acrescentando que o “aumento do preço dos materiais” foi um entrave para a organização.
A “inflação fez aumentar o valor dos materiais, nomeadamente do esferovite que, em 2020, custou-nos nove mil euros e, este ano, subiu para 17 mil euros, a mesma quantidade. Mas tem de ser comprado porque, caso contrário, não se fazem os carros”, frisou.
O corso carnavalesco, a principal atração do Carnaval de Sines, vai sair à rua, na avenida General Humberto Delgado, nas tardes de domingo e de terça-feira, às 15:30, e na noite de segunda-feira, às 21:00, ao som do samba criado pela associação artística Skalabá Tuka.
“Somos o único carnaval com uma avenida iluminada e penso que vamos contar com uma “maré" de gente na segunda-feira à noite, quando as pessoas se mascaram e se juntam em grupos para desfilarem no corso noturno”, estimou.
Segundo Rui Encarnação, para a edição deste ano, “os Skalabá Tuka decidiram fazer uma homenagem a Luísa Parola, que foi uma das costureiras mais conhecidas de Sines e das maiores voluntárias do Carnaval de Sines, e com isto também a todas as costureiras e construtores da nossa festa”.
Durante os três dias, na principal avenida da cidade de Sines, não faltará a habitual “sátira política”, além “de outros temas mais alegóricos, mais animados que apenas contam uma história”, realçou.