Covid19: Casos de vacinação indevida de norte a sul de Portugal
Autarcas, dirigentes de lares, funcionários da segurança social e do INEM são citados em vários casos de vacinação indevida denunciados em diversos pontos do país, e alguns, estão a ser alvo de inquéritos por parte do Ministério Público.
O primeiro caso de vacinação a violar os
critérios estabelecidos no plano nacional a ser denunciado envolveu José
Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, que
justificou ter sido vacinado na qualidade de dirigente de um lar.
De acordo com a Lusa, depois de a atuação do autarca ter sido condenada pelo coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, que considerou tratar-se de “um uso indevido da vacina”, sucederam-se outros casos.
O Ministério da Saúde, citado pela Lusa, considerou já “inaceitável” qualquer utilização indevida de vacinas contra a covid-19, alertando que este ato pode ser "criminalmente punível”, e pediu ao grupo de trabalho (‘task force’) que prepare uma lista de outras pessoas prioritárias.
“A utilização indevida das vacinas contra a covid-19 pode constituir conduta disciplinar e criminalmente punível, em face da factualidade concreta que venha a apurar-se em sede de inquérito”, afirmou o Ministério da Saúde em comunicado.
A ministra da Saúde, Marta Temido, garante que o Ministério da Saúde está empenhado em que os casos de incumprimento “sejam tratados adequadamente”, porque o processo de vacinação “não pode sofrer fragilidades”.