Para a CDU de Ferreira do Alentejo esta decisão “representa um duro golpe na autonomia local e nos direitos das populações” e acrescenta que naquele concelho, “esta decisão atinge diretamente a justa reivindicação da autonomia de Peroguarda e Canhestros, travando um processo que apenas pretende corrigir uma injustiça cometida em 2013.”

De acordo com a CDU “o veto presidencial não pode ser dissociado da forma como o Partido Socialista arrastou este processo ao longo dos anos, colocando sempre obstáculos à reposição das freguesias extintas” e recorda que “esta reposição não resulta de uma iniciativa isolada, mas sim da expressão clara da vontade das populações e dos seus órgãos representativos, nos termos da Lei aprovada em 2021.”

Segundo a CDU de Ferreira do Alentejo “não há argumentos plausíveis” para o veto de Marcelo Rebelo de Sousa e defende que a “Assembleia da República tem todas as condições para confirmar o diploma e fazer justiça às populações” cabendo agora ao “PS e ao PSD demonstrarem, sem subterfúgios, se estão ao lado das freguesias e da democracia local ou se preferem, mais uma vez, impedir a sua reposição.”

Quanto à coordenadora de Moura da CDU afirma que “é evidente o truque final para evitar a reposição das freguesias” e que “o PSD já veio acompanhar o truque, mencionando que este não é um assunto urgente e antecipando um processo de anti-jogo para evitar que o processo possa voltar a ser discutido a tempo de ser eficaz nas próximas eleições autárquicas.”

No caso do concelho de Moura, considera que “é de estranhar o silêncio da Câmara Municipal sobre este processo, quando em outros casos é bastante pronta em tomar posições sobre questões menos importantes e em ampliar intenções e promessas futuras.”

As criticas estendem-se ainda ao Presidente da União de Freguesias de Safara e Santo Aleixo da Restauração eleito pelo PS, “quando refere entender a posição do Presidente da República” porque “é dos únicos eleitos do distrito que não se impõe contra esta injustiça e acompanha este truque final para evitar a reposição das freguesias.”

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