Beja: eleitos da CDU na Assembleia Municipal criticam “chumbo” de moção sobre o 25 de abril
Os eleitos da Coligação Democrática Unitária na Assembleia Municipal de Beja criticam, em nota de imprensa, os eleitos do PS e da coligação Consigo Beja Consegue por terem rejeitado a moção apresentada pela CDU “Comemorar Abril, afirmar e valorizar o Poder Local Democrático”.
Segundo a CDU, na 1ª parte da moção “faz-se referência
ao contexto histórico em que ocorreu o 25 de Abril de 1974, ao papel que os
Capitães de Abril tiveram no derrube da ditadura, complementado pelo povo que
saiu espontaneamente à rua, gritando por liberdade de pensamento e de
expressão, exigindo o fim da guerra colonial e lutando por melhores condições
de vida”.
Na 2ª parte, de acordo com a CDU, a moção “enaltece o papel
do Poder Local Democrático, outra das conquistas do 25 de Abril. A autonomia do
Poder Local Democrático, consagrado na Constituição da República, tem
conseguido grandes avanços no desenvolvimento dos concelhos e das freguesias.
Chama-se também a atenção para os problemas com que os municípios poderão vir a
ser confrontados ao aceitarem por imposição competências do Poder Central.
Finalmente” e na 3ª parte, a moção “propõe várias deliberações aos eleitos da
Assembleia Municipal de Beja no que concerne à autonomia do Poder Local
Democrático, à criação das regiões administrativas e à concretização da
reposição das freguesias e uma saudação aos 48 anos do 25 de Abril e a todos
aqueles que têm conduzido as políticas locais em benefício das populações.”
Na nota de imprensa, os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Beja afirmam
que “não entendem os motivos políticos que levaram à rejeição desta moção” uma
vez que “os factos nela relatados são objetivos e reais, facilmente verificáveis.”
Para a CDU os “eleitores e simpatizantes do Partido Socialista e do Movimento
Consigo Beja Consegue devem ficar perplexos com o sentido da votação optado
pelos seus eleitos na Assembleia Municipal de Beja.”
Dizem ainda os eleitos da CDU que “numa altura em que forças autoritárias e fascizantes estão de novo a surgir em várias sociedades, é necessário, mais do que nunca, deixar claro e mostrar que só a convergência de todas as forças democráticas será capaz de lutar contra essas forças.”