Odemira, no distrito de Beja, foi o único dos 47 concelhos alentejanos que ganhou população residente, entre 2011 e este ano, com mais 3.457 pessoas, ao passar de 26.066 (2011) para 29.523 (2021), o que corresponde a um aumento de 13,3%.

Todos os outros concelhos da região registaram quebras e os concelhos de Barrancos, no distrito de Beja, Nisa, Gavião e Avis, no distrito de Portalegre, e Mora, no distrito de Évora, foram os que tiveram perdas percentualmente mais expressivas.

Na analise feita pela agência Lusa aos dados preliminares dos Censos 2021, divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o concelho de Barrancos foi o que mais pessoas perdeu em percentagem (-21,8%) em toda a região alentejana.

Barrancos, de acordo com os Censos 2021, perdeu, na última década, quase 400 residentes, passando de 1.834 pessoas, em 2011, para 1.435, em 2021, mas, em termos absolutos, no mesmo período, foi Évora que registou a maior quebra em todo o Alentejo.

O concelho de Évora, o mais populoso da região, passou de 56.596, em 2011, para 53.568, em 2021, o que significa uma perda de 3.028 pessoas (-5,4%).

Nisa (-20,1%), Gavião (-17,8%), Mora (-17,1%) e Avis (-16,6%) foram os outros concelhos do Alentejo com maiores perdas em percentagem, enquanto, em valor absoluto, atrás de Évora, surgiram Portalegre (-2.562), Beja (-2.453), Elvas (-2.325) e Santiago do Cacém (-1.948).

Por sua vez, os concelhos que registaram menor percentagem de perda de população são Sines (-0,2%), Aljustrel (-4,1%), Campo Maior (-4,9%) e Vendas Novas (-5,1%).

No global, o Alentejo, enquanto Unidade Territorial para Fins Estatísticos de nível II (NUTII) – o que inclui os 47 concelhos alentejanos e os 11 da Lezíria do Tejo -, foi a zona do país com a quebra mais expressiva de população, com -6,9%, possuindo agora, em termos absolutos, 704.934 pessoas.

Já na análise efetuada pela Lusa apenas aos 47 concelhos alentejanos e excluindo a Lezíria do Tejo (que o INE contabiliza para efeitos dos Censos 2021), a quebra populacional na região é ainda elevada, com menos 8,1% de habitantes, sendo o território habitado por 468.802 indivíduos.

Portugal tem 10.347.892 residentes, menos 214.286 do que em 2011, segundo os resultados preliminares dos censos 2021, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se de uma quebra de 2% relativamente a 2011, consequência de um saldo natural negativo (-250.066 pessoas, segundo os dados provisórios).

Os dados preliminares mostram que há em Portugal 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098 mulheres (52%).

O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) foram as únicas regiões que registaram um crescimento da população nos últimos 10 anos.


Comente esta notícia

Isto é tudo reflexos das más políticas que os governos "todos" têm implantado no País desde sempre, só o litoral é que é sempre beneficiado o interior é sempre esquecido. Os serviços são todos retirados do interior e concentrados no litoral. Temos um exemplo flagrante querem construir um Aeroporto na zona de Lisboa quando existe um Aeroporto novo em Beja, ora essa infraestrutura ser utilizada, primeiro rentabilizava o próprio Aeroporto porque como está só dá despesa e segundo criava emprego e desenvolvia a região. Mas há mais organismo do Estado que podiam estar no interior do País, por exemplo o Mistério da Agricultura e Florestas o que está a fazer em Lisboa, não é na cidade que estão os campos agrícolas e as florestas, estão no interior. Os Quartéis Militares fecharam todos no interior e concentraram tudo no litoral, e muitas mais coisas que podiam estar distribuídas pelo País estão todas no litoral. Mas aqui os sindicatos também têm muita culpa mal se fala numa mudança entram logo em guerra com tudo e com todos, tenho pena que isto esteja a acontecer.

Elvino de Jesus Germano Martelo

30/07/2021

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.