Ainda de acordo com a CNA, “apesar do reconhecimento generalizado, e ao mais alto nível, da importância das mulheres agricultoras e rurais nos sistemas agroalimentares e da sua contribuição para a segurança e soberania alimentares, para a vitalidade do Mundo Rural, para a proteção do ambiente e preservação do conhecimento, a realidade mostra-nos que há ainda muito a fazer para melhorar as suas condições de vida e de trabalho.”

Afirma ainda a CNA, que as mulheres agricultoras que alimentam a população são prejudicadas pelas dificuldades de escoamento e pelos baixos de preços na produção, num país em que o comércio de bens agro-alimentares é dominado por grandes cadeias de distribuição que tem o “quero, posso e mando” na definição de preços para a produção e para o consumo.

Para a CNA, a política agrícola, que emana da aplicação da PAC, não tem “medidas específicas que tenham presente as dificuldades e necessidades das mulheres agricultoras e rurais e das suas famílias, nem que contribuam para a igualdade de género, para o combate ao despovoamento e desertificação das zonas rurais ou que promovam o emprego das mulheres rurais”. Nesse sentido, a CNA reclama “medidas simples como a majoração dos apoios quando atribuídos a mulheres agricultoras, no quadro da Agricultura Familiar”.

A CNA defende ainda “a criação de um regime de segurança social adaptado à realidade das mulheres agricultoras e rurais que nos faça sair de situações de vida profundamente precárias”, uma proposta para dar resposta ao problema com que se debatem as mulheres no acesso à reforma já que os seus descontos para a segurança social são muitas vezes relegados para segundo plano devido a dificuldades financeiras do agregado familiar.

 

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