Para a CNA não “adianta escolher palavras sonantes-e demagógicas-ao anunciar o acordo para iludir que não se vai por um caminho de mudança positiva.” Na realidade, considera a CNA a “nova” PAC opta por “insistir no caminho de favorecimento dos mesmos de sempre e não adota as reformas necessárias para travar o desaparecimento de explorações agrícolas ou para inverter a degradação do rendimento dos Agricultores, da qualidade da alimentação, do ambiente e a desertificação humana do Mundo Rural.”

Ainda de acordo com a CNA ao “recusar adotar mecanismos de regulação dos mercados e da produção e ao insistir na liberalização total dos mercados, a nova PAC continua a política de preços baixos à produção, o que leva à insustentabilidade económica das pequenas e médias explorações” e recorda que “desde que Portugal entrou na União Europeia, 400 mil explorações foram eliminadas, a maioria pequenas e médias e nas zonas de minifúndio, pela PAC e pelas políticas de sucessivos governos nacionais.”

A CNA afirma também que ao mesmo tempo em que se tenta “pintar a PAC de verde”, com a criação de pagamentos ecológicos e outros mecanismos semelhantes, receia que se possam criar mais assimetrias ao permitir que as grandes e muito grandes explorações, que pouco têm de sustentáveis, recebam ainda mais dinheiro.

Para a CNA, a prioridade da presidência portuguesa, e em particular do ministério da Agricultura e do Governo, deveria ser a 2defesa do interesse da Produção Nacional, da pequena e média Agricultura e dos muitos milhares de Agricultores familiares do País, pilar estruturante da sustentabilidade económica, social e ambiental do modelo produtivo.”

No final a CNA granate que continuará a sua luta por uma PAC mais justa e solidária, que garanta alimentos seguros à população e rendimentos dignos aos Agricultores, e com uma distribuição justa das ajudas, atribuídas apenas a quem produz.

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