CNA exige medidas urgentes ao Governo perante a quebra de rendimentos na Agricultura
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) afirma que “é sem surpresa, mas com muita preocupação” que analisa os dados divulgados pelo INE que apontam para uma descida de 11,8% no rendimento da atividade agrícola em 2022, impulsionada pelo decréscimo do Valor Acrescentado Bruto (-10,7%) e pelo aumento dos preços dos fatores de produção (+26,6%).
É também afirmado que “esta descida, situação que não
ocorria desde 2011, confirma aquilo que a CNA, as suas Filiadas e os pequenos e
médios agricultores têm denunciado, particularmente neste último ano, em que se
agravaram de forma dramática as dificuldades no sector, sem que o Governo e o ministério
da Agricultura tenham tomado as medidas necessárias para as solucionar.”
De acordo com a CNA “o aumento brutal dos custos dos fatores de produção (alimentos compostos para animais +31,6%, energia +34,5% e adubos e corretivos de solo +38,6%, muito impulsionado por uma forte especulação, teve um impacto negativo no rendimento dos agricultores, que não conseguem escoar a produção a preços justos e capazes de compensar estes aumentos.”
Ainda segundo a CNA “a situação é tanto mais grave na
medida em que o rendimento dos agricultores já antes era de cerca de metade do
rendimento dos demais cidadãos e as medidas de apoio decretadas deixam de fora
milhares de pequenos e médios produtores.”
Perante este cenário a CNA exige medidas urgentes do
governo porque a defesa do rendimento dos agricultores é determinante para a
vitalidade do sector e da economia nacional e para garantir a Soberania
Alimentar do país.