Foto: Freepik

O pacote de apoio ao sector vitivinícola, aprovado esta semana pela Comissão Europeia, conta com 15 milhões de euros para a destilação temporária de vinhos em Portugal. A medida surge como forma de solucionar o facto de muitos produtores não conseguirem escoar a produção excessiva, especialmente na região do Douro. 

“Esta situação, sentida pelos pequenos e médios produtores um pouco por todo o país, assume particular gravidade na Região Demarcada do Douro, onde os agricultores/viticultores estão sem perspetivas de conseguir escoar a produção, são milhares de explorações da Agricultura Familiar que estão em risco”, explica a CNA, em comunicado. 

“A medida da destilação de crise é bem-vinda, se bem aplicada, com critérios objetivos, controlada (impedindo a especulação) e a preços compensadores, mas importa salientar que não chega aos pequenos e médios produtores de uva que não produzem vinho”, afirma. 

“A necessidade de alavancar medidas de apoio para o sector do vinho é por demais evidente face às dificuldades existentes no mercado, e que são sentidas de forma agravada pelos pequenos e médios produtores de uva (não produtores de vinho), que não conseguem escoar a produção e quando o conseguem é a preços muito baixos”, acrescenta. 

Neste sentido, a Confederação Nacional da Agricultura deixa um apelo ao Governo para “acionar a totalidade das verbas permitidas pela Comissão e que vá mais longe, apoiando os produtores de uva e não apenas quem tem capacidade de destilar”. 

Segundo a CNA, "os pequenos e médios produtores de uva para vinho são os que estão numa situação mais aflitiva, vendo as suas explorações em risco por não conseguirem escoar o fruto da sua vindima”. 

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