Comissão Técnica Independente visita aeroporto de Beja no final do mês -Plataforma Cidadã
A nova plataforma cidadã que defende o Aeroporto Internacional de Beja revelou hoje que a Comissão Técnica Independente (CTI) vai visitar a infraestrutura aeroportuária alentejana, no final deste mês, para aferir no terreno as suas condições.
Os técnicos “vão medir localmente” as condições, porque “muitos não conhecem fisicamente o aeroporto”, realçou à agência Lusa Manuel Valadas, da comissão dinamizadora da plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja.
Segundo este responsável, a visita da CTI a esta infraestrutura aeroportuária deverá acontecer “no dia 27 ou no dia 28” deste mês e a plataforma cidadã foi “convidada para acompanhar os trabalhos” dos técnicos.
A plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja ficou a saber do agendamento desta visita durante uma reunião, realizada na última quinta-feira, com a CTI, responsável pela avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa.
“Estamos a fazer esta caminhada, que não é fácil, mas ontem [quinta-feira] ficámos com a perceção de que o Aeroporto de Beja tem possibilidades de ter uma boa notícia daqui a alguns meses”, adiantou Manuel Valadas.
De acordo com o porta-voz da plataforma, durante esta reunião, os membros da CTI pediram “mais alguns elementos” e fizeram “várias perguntas”, às quais os apoiantes do Aeroporto de Beja responderam “com agrado”.
“Havia a confusão de que defendíamos que o Aeroporto de Beja poderia ser o Aeroporto de Lisboa, mas nós dissemos na reunião que em nenhum momento a plataforma defendeu que o Aeroporto de Beja era para substituir o de Lisboa”, sublinhou.
Em entrevista à Lusa, em 28 de janeiro, uma das coordenadoras da CTI, a professora Rosário Macário, revelou que Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, depois de propostas à comissão, que as vai analisar.
Criada no final do ano passado, a CTI está a ouvir “todas as entidades com relevância para o assunto” para chegar a um conjunto de critérios que “servirão para analisar as várias hipóteses”, explicou, então, Rosário Macário.
O porta-voz da plataforma revelou, anteriormente, que a estrutura entregou um memorando, com “mais de 300 páginas”, à CTI, no qual apresenta os seus argumentos em defesa da infraestrutura alentejana como “solução sustentável” para o país.