Foto: O Atual

Em tom irónico, Gonçalo Valente afirma que “parece que, assim de repente, o Baixo Alentejo começou a contar para o Partido Socialista. 8 anos passados e a varinha mágica socialista começa a funcionar.”

O deputado social-democrata acrescenta “não vi o mesmo comunicado quando em 2018 a empresa de fabricação aeronáutica LAUAK fugiu para Grândola. Aí sim estávamos a falar do mesmo campeonato, em 250 novos postos de trabalho e em 32 milhões de euros de investimento em Beja” ou “quando a DESAER em 2020 procurava um local com pista de aviação nas proximidades e escolheu Ponte de Sor, para produzir Aeronaves, criando 1200 postos de trabalho, na sua maioria nesta vila do Alto Alentejo.”

Estes são, segundo Gonçalo Valente, “dois exemplos recentes da inércia do Partido Socialista quando o governo e o município partilhavam a mesma cor política”, por isso, questiona se o “PS lembrou-se, agora, que há um distrito que se chama Beja?”

Segundo Gonçalo Valente no caso do investimento da LUFTHANSA em Portugal, a AICEP “efetuou um trabalho de identificação de potenciais localizações que cumprissem os requisitos indicados pelos promotores deste projeto, em total confidencialidade, atuando de forma imparcial, sem nunca pressionar ou influenciar o processo a favor de uma determinada localização.”

O deputado afirma ainda que “é sempre da exclusiva competência das empresas investidoras o processo de avaliação, seleção e decisão da localização” e que “Portugal concorre com outros países (não são regiões a concorrer entre si), o papel da AICEP é encontrar em Portugal as alternativas de localização que correspondam aos requisitos pré-definidos pelos investidores.”

Para acolher o projeto da Lufthansa Technik, o processo de seleção de potenciais localizações industriais em Portugal obedeceu, revela Gonçalo Valente, “a um conjunto de requisitos definido pela empresa, sendo um deles estar a menos de 1h de distância do aeroporto do Porto ou de Lisboa. Estes incluíam temas associados à demografia, habitação, oferta formativa, infraestruturas e logística.”

Para o deputado social-democrata “Portugal esteve em competição com outras geografias na Europa para captar este investimento”, por isso, foi uma vitória de Portugal, não foi de Santa Maria da Feira.”

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