A construção da Variante Nascente a Évora do Itinerário Principal 2 (IP2), suspensa há 13 anos devido à crise, recomeçou hoje, num investimento de 54,9 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“É uma obra muito importante e já há muito ansiada”, afirmou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, em declarações aos jornalistas após a assinatura da consignação da empreitada, cuja cerimónia decorreu na cidade alentejana.

Assinalando tratar-se de “uma das maiores obras do PRR”, o governante considerou que este investimento é importante para a Capital Europeia da Cultura Évora_2027 e também para o que disse ser a “visão mais integrada” do Governo para o futuro do IP2.

“Esta obra é essencial para, depois, podermos almejar todas as outras, nomeadamente a ligação a Estremoz”, salientou.

Segundo a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP), a empreitada, com um investimento de 54,9 milhões de euros, prevê a construção de uma variante à cidade, com cerca 12,8 quilómetros de extensão e dupla faixa de rodagem.

A futura variante, cuja obra tem um prazo de execução de 510 dias, ou seja, 17 meses, terá início no Nó de Évora Nascente da Autoestrada 6 (A6), após a praça de portagem, e termina na conexão com o atual IP2, em São Manços, neste concelho alentejano.

Em junho de 2021, a IP anunciou um concurso público para a elaboração do projeto de execução da obra, que incluía uma análise à viabilidade do aproveitamento do traçado e das estruturas construídas no âmbito da empreitada de requalificação do IP2, incluída na então subconcessão Baixo Alentejo.

Durante a empreitada de requalificação, que acabou por ser suspensa em 2011, foram desenvolvidos trabalhos de terraplanagem e construídos viadutos, até agora abandonados.

No final da cerimónia, o presidente da câmara municipal, Carlos Pinto de Sá, destacou que “é uma obra muito significativa” para a cidade e região, pois a futura variante “é essencial” para evitar que “todo o trânsito passe por dentro de Évora”.

Atualmente, vincou, o trânsito do IP2 que atravessa a cidade “passa entre dois edifícios do hospital, o que deve ser uma situação ‘sui generis’ no mundo”, causando “o estrangulamento e dificuldades muito significativas” na circulação rodoviária.

“Portanto, só é possível ultrapassar isto com a resolução estrutural do problema”, acrescentou.

Ao longo do traçado da futura variante, de acordo com a IP, serão construídas três interligação com a rede viária existente e ainda oito passagens superiores, duas delas sobre linhas ferroviárias.

“Este empreendimento irá contribuir decisivamente para a melhoria das ligações rodoviárias na região de Évora, melhorar a segurança rodoviária e promover a competitividade das empresas e a mobilidade das populações da região”, sublinhou a empresa.

A IP realçou que, no Alentejo, já foram contratadas seis empreitadas, num investimento global de 184 milhões de euros, sendo a região alentejana a que recebe maior percentagem de investimento no que respeita aos empreendimentos rodoviários do PRR sob responsabilidade desta empresa.

Das seis intervenções, cinco já estão em curso e uma em fase final de processo de consignação.

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