Cooperativa Agrícola de Vidigueira contesta leilão e vai agir judicialmente contra a leiloeira
Em comunicado, publicado na rede social Facebook, o Conselho de Administração da Cooperativa Agricola de Vidigueira contesta a legitimidade da empresa Leilosoc para levar a leilão o património da Cooperativa.
Na passada quarta-feira, O Atual – bem como outros órgãos de comunicação social nacionais e regionais – deu conta do anúncio público da leiloeira Leilosoc, sobre a realização, em setembro próximo, da venda em leilão de um vasto património da insolvente Cooperativa Agrícola de Vidigueira.
A notícia, veiculada por comunicado enviado à nossa redação pela Leilosoc, dava conta que o passivo imobiliário da Cooperativa é composto por um armazém industrial e um edifício, ambos situados no concelho de Vidigueira, cujo valor base ainda estava em avaliação.
Sobre os bens móveis elencados, a leiloeira atribuiu o valor base de 288.085,00 €.
Ao princípio da noite de ontem, a Administração da Cooperativa publicou na rede social da instituição um comunicado contestando a legitimidade da leiloeira para a venda dos seus bens.
Afirmando no referido comunicado “ser falso que se encontre a ser programada a venda, em estabelecimento de leilão, do património da Cooperativa no âmbito do processo de insolvência”.
Assegura ainda que “nem a Leilosoc ou qualquer outra entidade leiloeira se encontra legitimada pelo Tribunal ou pela Comissão de Credores a intervir em tal liquidação, ainda que tal pudesse estar já decidido, a liquidação seria realizada com o recurso à plataforma judiciária e-leilões, de molde a não onerar a massa insolvente com comissões a leiloeiras”
Em função do exposto, a Cooperativa vai requerer ao Tribunal a notificação à leiloeira para se abster da prática de atos não autorizados, bem como, participar criminalmente contra a Leilosoc e os seus administradores, pelos crimes praticados e responsabilização civil pelos prejuízos causados.
O Conselho de Administração vai ainda pedir a destituição do Administrador da Insolvência , alegando a omissão das suas funções, assegurando que irá continuar a sua atividade tal como a mesma vem sendo prosseguida até à presente data.